A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Consignados, da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deve retomar os debates na próxima semana. O anúncio foi feito pelo deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) que preside a CPI, criada para realizar investigação sobre possíveis irregularidades cometidas por bancos e financeiras.
Os debates foram suspensos durante os mais de 500 dias em que os deputados ficaram se reunindo apenas de forma virtual e agora ele fará a convocação dos membros.
“Esse tempo de suspensão, praticamente 1 ano e meio, ajudou no nosso debate, foi providencial pois estamos vivendo algo que pode representar uma quebradeira para todas essas empresas que operam os empréstimos consignados no Acre. O monopólio da nova empresa chegou ao ponto e absurdo de fazer os descontos e demorar até 30 dias para fazer o repasse para a instituição financeira e o que acontece? A Caixa Econômica, por exemplo, essa semana suspendeu todos os empréstimos para servidores porque a empresa de Manaus não faz o repasse”, denunciou.
Segundo Magalhães, uma empresa de Manaus tem sido a responsável pelo gerenciamento financeiro e a acusa de crime. Segundo ele, a volta da CPI vai garantir reviravoltas e surpresas no caso.
“O crime é assim: pega o dinheiro do servidor, mas nao fã o repasse para a instituição, e quem ganha nesse período? Depois o servidor fica inadimplente e começa a pagar por isso. Vamos voltar o debate, tivemos muita informação e teremos muitas surpresas aqui com relação a essas operações consignadas com as folhas de pagamento do Estado, primeiro porque teremos acesso a todos os processos”, disse o presidente da CPI.
A Comissão foi instalada em setembro de 2019 para apurar casos de excessos, ilegalidades, ações de má fé e transgressões cometidas por bancos e instituições financeiras contra servidores públicos estaduais.
São membros titulares da Comissão: Wagner Felipe (BPL), Edvaldo Magalhães (PCdoB), Chico Viga (PHS), Antônio Pedro (DEM), Roberto Duarte (MDB).