Astros do UFC Rio 1 exaltam energia da torcida em show que mudou o MMA nacional

Há exatamente dez anos, o UFC desembarcava pela primeira vez no Rio de Janeiro. Depois de 13 anos ausente do território nacional, a maior liga de MMA do planeta retornava ao Brasil com um card galáctico, repleto de estrelas do esporte, em um show que é considerado até hoje como um divisor de águas da modalidade no país.

Por isso, para celebrar essa data histórica, a reportagem da Ag. Fight entrou em contato com alguns dos principais lutadores que integraram essa edição. Entre diferentes emoções e lembranças, um ponto foi unanimidade entre os atletas: a energia da torcida foi marcante para o sucesso daquela noite.

‘Shogun’ levanta a torcida: “O campeão voltou”

Astro da co-luta principal da noite, Maurício ‘Shogun’ voltava a pisar no octógono com uma pressão extra sob seus ombros. Antes de aceitar participar do UFC Rio, o brasileiro havia acabado de perder o cinturão dos meio-pesados (93 kg) da organização, quando foi derrotado pelo americano Jon Jones. Além disso, seu compromisso naquela noite era uma revanche diante de Forrest Griffin, algoz em sua estreia no Ultimate.

Apesar do cenário ser contrário para o curitibano, ele soube capitalizar a força da torcida e o ‘fator casa’ a seu favor. Logo no primeiro round, ‘Shogun’ nocauteou Griffin e fez a arena explodir em alegria. O ex-campeão do UFC revelou que esse momento jamais será esquecido, principalmente pelo canto da torcida que ecoou assim que seu braço foi levantado.

Há exatamente dez anos, o UFC desembarcava pela primeira vez no Rio de Janeiro. Depois de 13 anos ausente do território nacional, a maior liga de MMA do planeta retornava ao Brasil com um card galáctico, repleto de estrelas do esporte, em um show que é considerado até hoje como um divisor de águas da modalidade no país.

Por isso, para celebrar essa data histórica, a reportagem da Ag. Fight entrou em contato com alguns dos principais lutadores que integraram essa edição. Entre diferentes emoções e lembranças, um ponto foi unanimidade entre os atletas: a energia da torcida foi marcante para o sucesso daquela noite.

‘Shogun’ levanta a torcida: “O campeão voltou”

Astro da co-luta principal da noite, Maurício ‘Shogun’ voltava a pisar no octógono com uma pressão extra sob seus ombros. Antes de aceitar participar do UFC Rio, o brasileiro havia acabado de perder o cinturão dos meio-pesados (93 kg) da organização, quando foi derrotado pelo americano Jon Jones. Além disso, seu compromisso naquela noite era uma revanche diante de Forrest Griffin, algoz em sua estreia no Ultimate.

Apesar do cenário ser contrário para o curitibano, ele soube capitalizar a força da torcida e o ‘fator casa’ a seu favor. Logo no primeiro round, ‘Shogun’ nocauteou Griffin e fez a arena explodir em alegria. O ex-campeão do UFC revelou que esse momento jamais será esquecido, principalmente pelo canto da torcida que ecoou assim que seu braço foi levantado.

“Era um clima difícil de explicar, e a reação da torcida depois da luta, cantando ‘o campeão voltou’, foi inesquecível. Tenho certeza que nem o Dana (White) esquece o clima daquele evento. Foi demais. Era um momento histórico para todo mundo que vive de MMA no Brasil. Lutar em casa era um sonho que a gente, todo mundo, tinha e que por anos pareceu distante. De repente, isso virar realidade, em uma revanche que eu queria muito, com aquela energia da torcida, e em um momento chave da minha carreira. Foi muito especial”, explicou o curitibano de 39 anos.

“Toda vitória é uma alegria gigante e uma explosão de sentimentos, principalmente quando elas são por nocaute ou finalização, então é difícil comparar vitórias e emoções. Mas, com certeza, essa vitória foi muito especial e aquela reação da torcida foi inesquecível, porque o torcedor brasileiro tem uma reação e uma vibração que nenhum outro torcedor tem”, completou o também ex-campeão do extinto Pride.

Comemoração antecipada e susto de ‘Toquinho’

Com três anos de experiência no Ultimate, Rousimar ‘Toquinho’ teve a oportunidade de também fazer parte daquele show e protagonizou uma cena inusitada e que não sai da memória do fã de MMA. O brasileiro também vinha de derrota na franquia e, contra Dan Miller, via a grande oportunidade de se recuperar. Mas a sede de vitória do peso-médio (84 kg) naquela noite era tão grande, que ele quase colocou tudo a perder.

Ainda no primeiro round de disputa, ‘Toquinho’ levou seu adversário a knockdown e seguiu desferindo socos. No entanto, o brasileiro achou que Miller havia desistido do combate e começou a comemorar, chegando a subir na grade para celebrar com a torcida.

Eduardo Ferreira

Foi nesse momento que ele recebeu uma notícia surpreendente. O confronto não havia sido interrompido e o americano já estava pronto para continuar. Apesar do susto de ter que lidar com o carrossel de emoções, o lutador alcançou a vitória por decisão unânime dos jurados ao final dos três assaltos disputados.

“Todo mundo lembra disso, que eu parei a luta antes do árbitro, mas quando eu chutei o cara e ele caiu, ele colocou a mão no meu rosto e eu continuei socando. Mas nessa hora ele falava ‘stop’ e eu parei. Só que eu vi porque estava perto. Ouvi claramente e parei, mas o juiz não. Mas isso é coisa da luta, de momento. Isso sempre acontece, já aconteceu com muita gente. Vale mais é o show”, relembrou ‘Toquinho’, antes de revelar que chegou a temer pela vitória nos rounds seguintes.

Há exatamente dez anos, o UFC desembarcava pela primeira vez no Rio de Janeiro. Depois de 13 anos ausente do território nacional, a maior liga de MMA do planeta retornava ao Brasil com um card galáctico, repleto de estrelas do esporte, em um show que é considerado até hoje como um divisor de águas da modalidade no país.

Por isso, para celebrar essa data histórica, a reportagem da Ag. Fight entrou em contato com alguns dos principais lutadores que integraram essa edição. Entre diferentes emoções e lembranças, um ponto foi unanimidade entre os atletas: a energia da torcida foi marcante para o sucesso daquela noite.

‘Shogun’ levanta a torcida: “O campeão voltou”

Astro da co-luta principal da noite, Maurício ‘Shogun’ voltava a pisar no octógono com uma pressão extra sob seus ombros. Antes de aceitar participar do UFC Rio, o brasileiro havia acabado de perder o cinturão dos meio-pesados (93 kg) da organização, quando foi derrotado pelo americano Jon Jones. Além disso, seu compromisso naquela noite era uma revanche diante de Forrest Griffin, algoz em sua estreia no Ultimate.

Apesar do cenário ser contrário para o curitibano, ele soube capitalizar a força da torcida e o ‘fator casa’ a seu favor. Logo no primeiro round, ‘Shogun’ nocauteou Griffin e fez a arena explodir em alegria. O ex-campeão do UFC revelou que esse momento jamais será esquecido, principalmente pelo canto da torcida que ecoou assim que seu braço foi levantado.

“Era um clima difícil de explicar, e a reação da torcida depois da luta, cantando ‘o campeão voltou’, foi inesquecível. Tenho certeza que nem o Dana (White) esquece o clima daquele evento. Foi demais. Era um momento histórico para todo mundo que vive de MMA no Brasil. Lutar em casa era um sonho que a gente, todo mundo, tinha e que por anos pareceu distante. De repente, isso virar realidade, em uma revanche que eu queria muito, com aquela energia da torcida, e em um momento chave da minha carreira. Foi muito especial”, explicou o curitibano de 39 anos.

“Toda vitória é uma alegria gigante e uma explosão de sentimentos, principalmente quando elas são por nocaute ou finalização, então é difícil comparar vitórias e emoções. Mas, com certeza, essa vitória foi muito especial e aquela reação da torcida foi inesquecível, porque o torcedor brasileiro tem uma reação e uma vibração que nenhum outro torcedor tem”, completou o também ex-campeão do extinto Pride.

Comemoração antecipada e susto de ‘Toquinho’

Com três anos de experiência no Ultimate, Rousimar ‘Toquinho’ teve a oportunidade de também fazer parte daquele show e protagonizou uma cena inusitada e que não sai da memória do fã de MMA. O brasileiro também vinha de derrota na franquia e, contra Dan Miller, via a grande oportunidade de se recuperar. Mas a sede de vitória do peso-médio (84 kg) naquela noite era tão grande, que ele quase colocou tudo a perder.

Ainda no primeiro round de disputa, ‘Toquinho’ levou seu adversário a knockdown e seguiu desferindo socos. No entanto, o brasileiro achou que Miller havia desistido do combate e começou a comemorar, chegando a subir na grade para celebrar com a torcida.

Eduardo Ferreira

Foi nesse momento que ele recebeu uma notícia surpreendente. O confronto não havia sido interrompido e o americano já estava pronto para continuar. Apesar do susto de ter que lidar com o carrossel de emoções, o lutador alcançou a vitória por decisão unânime dos jurados ao final dos três assaltos disputados.

“Todo mundo lembra disso, que eu parei a luta antes do árbitro, mas quando eu chutei o cara e ele caiu, ele colocou a mão no meu rosto e eu continuei socando. Mas nessa hora ele falava ‘stop’ e eu parei. Só que eu vi porque estava perto. Ouvi claramente e parei, mas o juiz não. Mas isso é coisa da luta, de momento. Isso sempre acontece, já aconteceu com muita gente. Vale mais é o show”, relembrou ‘Toquinho’, antes de revelar que chegou a temer pela vitória nos rounds seguintes.

“Agora é engraçado (lembrar desse episódio), mas lá na hora da luta eu fiquei com medo de ser derrotado depois. Eu gastei energia comemorando, subi na grade do octógono, mas o árbitro mandou voltar e eu tomei aquele knockdown. Mas como estava com o pensamento só de vitória, passei por isso. Acho que esse lance engrandeceu a minha vitória. Ficou muito legal (risos). Foi uma caminhada doida (risos)”, concluiu.

Edson Barboza e a emoção com o reencontro com sua ‘casa’

Depois de deixar o Brasil para treinar nos Estados Unidos, Edson Barboza viu no UFC Rio 1 a grande oportunidade de reencontrar com seus entes queridos e se apresentar pela primeira vez pela franquia em solo nacional. Com pouco mais de dois anos de atuação como atleta profissional de MMA, o atual peso-galo (61 kg) do Ultimate se impressionou com a magnitude do evento e passou por momentos delicados para segurar a sua emoção.

Barboza integrou o card principal do show e não decepcionou quem foi à arena para assisti-lo. Após três rounds, o brasileiro superou o inglês Ross Pearson por decisão dividida dos árbitros. Mas antes de entrar no octógono e cumprir sua missão, o lutador passou por uma situação única.

Eduardo Ferreira

“Fico até arrepiado. Eu lembro da emoção que eu tive da entrada da luta. Tive que me segurar, porque me deu uma vontade de chorar e nunca tinha acontecido comigo. Sempre fico emocionado, mas no Brasil deu uma vontade de chorar que eu falei: ‘Junior, segura aí que não é a hora de chorar’ (risos). Foi um momento muito especial. Uau, dez anos se foram”, explicou Edson, que revelou uma torcida especial naquela noite.

“Não via meus pais há dois anos e foi especial, porque pude encontrar meu pai e minha mãe nos bastidores da luta. Por vários motivos foi um dos momentos mais especiais da minha carreira. Meus amigos, meu pai foram assistir a luta. Foi demais”, finalizou.

Água no chopp brasileiro

A torcida brasileira não viveu só momentos de alegria no UFC Rio 1. O confronto entre Luiz ‘Banha’ e Stanislav Nedkov foi o único que contou com a derrota do atleta da casa. No primeiro round, o paulista foi nocauteado pelo rival e, embora tenha saído com o resultado negativo, o veterano parece não carregar frustração sobre o resultado.

De acordo com ‘Banha’, ele não poderia nem ter pisado no octógono do UFC Rio. A explicação é que durante um treino de preparação para a luta, ele foi nocauteado por um companheiro de equipe e, pelas normas de segurança dos atletas, ele não estaria apto para se apresentar. No entanto, a vontade de participar de uma edição história era tão grande que lutador escondeu o fato dos médicos.

Eduardo Ferreira

“Eu queria muito fazer essa luta. Na verdade, nem era para ter feito, porque fui nocauteado em um treino três semanas antes do evento. Tomei um chute na cabeça e cai quase desmaiado e mesmo assim queria lutar, não quis avisar ninguém. Acho que quando tomei aquele overhand do Nedkov me deu uma prejudicada, mas não fiquei frustrado. Queria fazer aquela luta, foi uma experiência linda ter lutado pelo UFC no Rio”, revelou Cané, que fez questão de agradecer o carinho dos torcedores após o revés.

“Esse evento foi diferente de tudo que tinha vivido. Foi diferente de qualquer arena que já tivesse lutado antes. Não vou esquecer nunca carinho da torcida, mesmo depois da derrota. Foi fantástico”, concluiu o atleta que não atua no MMA desde 2017.

O UFC Rio 1 foi considerado o evento que deu um ‘boom’ do MMA no Brasil. Após esta edição, a organização começou a realizar anualmente algumas edições de shows no país e aumentou ainda mais a popularidade do esporte entre os brasileiros.

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