No AC, aparelho é descartado em área de mata e pode causar grave acidente radiológico; entenda

Um acidente radiológico nos mesmos moldes e com a mesma gravidade do que foi registrado em Goiânia (GO) em 1987, conhecido como o caso do Césio 137 e que fez dezenas de vítimas, pode vir a ser registrado em Rio Branco, capital do Acre. É que, assim como ocorreu em Goiânia, um aparelho que conteria radioatividade, pedaços do que um dia foi um aparelho de raio-x, foi descartado de forma irregular, numa área de mato nos arredores do hospital da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre), no bairro Jardim de Alah, no Distrito Industrial da Capital.

O risco ocorre porque, assim como aconteceu em Goiás, os pedaços do aparelho com radiação podem ser recolhidos por catadores de material reciclável.

O alerta sobre o caso foi dado, na manhã desta terça-feira (31), pelo presidente regional do PT, Cesário Braga. Ele disse ter recebido a denúncia de um funcionário da Fundhacre, que pediu para não ser investigado com medo de represálias.

“Recebi uma denúncia gravíssima de um funcionário da Fundação Hospitalar que prefere não se identificar com medo da perseguição política! Ele me enviou essa foto de um pedaço de uma máquina de raio-x que está jogada nas imediações da fundação hospitalar”, disse o dirigente partidário.

“Como não possuo o conhecimento devido, fiz questão de perguntar a um técnico em radiologia, que me disse que essa sucata do raio-x possui material radioativo que deveria ter um descarte especial! Caso a peça abra e haja vazamentos, poderemos ter um acidente radioativo em Rio Branco, nos moldes que foi o acidente com Cesio-137 em 1987 em Goiânia, onde morreram 4 pessoas pela exposição à radiação e pelo menos 120 ainda sofrem as consequências”, acrescentou.

O dirigente pediu ao Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e à Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) e ao governador Gladson Cameli que tomem providências urgentes. “Não podemos colocar em risco a vida da população por incompetência administrativa”, acrescentou Braga.

A reportagem do ContilNet pediu explicações ao diretor-presidente da Fundhacre, João Paulo, que admitiu não ter conhecimento do problema. “Mandei chamar o chefe do setor e quero esclarecimentos sobre o caso porque, a ser verdadeira informação, isso é de fato um risco”, admitiu. Ele pediu a reportagem que o ajudasse com informações, inclusive com fornecimento de fotografias sobre o local onde a peça foi deixada. “Isso aqui é algo grande e a gente não tem olhos para ver tudo. Preciso de ajuda e informações sobre o caso”, admitiu.

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