Pesquisador alerta para surgimento de variante pior que a Delta

Um pesquisador do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETHZ) alertou para o possível surgimento de uma nova “supervariante” do coronavírus em 2022 que poderia ser uma combinação das cepas hoje em circulação e representar um “grande risco” para o mundo. Segundo o suíço Sai Reddy, a nova variante pode ser pior que a Delta, que já provou ser mais transmissível do que as versões anteriores do vírus e prejudicar parte da proteção oferecida pelas vacinas.

Em entrevista ao jornal alemão Blick, Reddy disse “é por isso que temos que nos preparar para várias vacinas nos próximos anos, que serão continuamente adaptadas a novas variantes”.

O suíço acredita que o problema será o risco de as cepas Beta (da África do Sul), Gama (do Brasil) e a própria Delta (Índia) sofrerem novas modificações. “Se Beta ou Gama se tornarem mais contagiosos, ou se Delta desenvolver mutações, então poderíamos estar falando sobre uma nova fase da pandemia”, disse Reddy. “Isso se tornaria o grande problema do ano que se inicia. Pior do que o que estamos experimentando agora”, alertou.

Ainda de acordo com o imunologista, se tal variante aparecer, será crucial seu rápido reconhecimento para que os fabricantes comecem a adaptar as vacinas já existentes o mais cedo possível.

O professor disse que, embora mais contagiosa, a variante Delta não tem mecanismo de escape, ou seja características genéticas que a faz escapar de parte da resposta imune criada naturalmente ou por vacinação. No entanto, preocupa sua alta carga viral que faz com qualquer pessoa não vacinada que a contraia torne-se um potencial “super espalhador” do vírus.

“Precisamos combater isso com um alto nível de anticorpos, e é exatamente isso que uma terceira dose de reforço da vacina faz”, disse Reddy.

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