Rebeca Andrade salta para a história e é ouro nas Olimpíadas de Tóquio

Rebeca Andrade precisou esperar. Terceira a se apresentar, pulou para a liderança àquela altura e sentou. Uma a uma, à beira da pista, viu suas rivais ficarem com notas abaixo que as suas. Aos poucos, o sorriso aumentou até a certeza de que faria história. Com média de 15,083 pontos, garantiu o ouro no salto das Olimpíadas de Tóquio. Depois da prata no individual geral, Rebeca volta a subir ao pódio e conquista sua segunda medalha nos Jogos. A primeira da ginástica feminina do Brasil na história.

Rebeca foi a única a conseguir uma média acima de 15,000 no salto. A prata ficou com a americana Mykayla Skinner, com 14,916. A sul-coreana Seojeong Yeo fechou o pódio, em terceiro lugar, com 14,733.

Daniele Hypolito foi a primeira brasileira a conquistar uma medalha em Mundiais, uma prata no solo de 2001. Daiane dos Santos a primeira campeã mundial, em 2003. Rebeca em 2021 se tornou a primeira medalhista olímpica. E em dose dupla. Antes, já havia conquistado a prata no individual geral. A partir dali, precisou esperar ainda as últimas rivais. Nota a nota, sorriu. Mais uma vez, a brasileira saltou para a história em Tóquio.

– Estou muito feliz. Trabalhei bastante todo esse tempo. Eu não sei nem o que dizer. Não foram meus melhores saltos. Tanto que eu saí falando assim: “Aí, não foi muito bom”. Só que isso é ginástica, né? Isso acontece. Isso é do esporte. Tirei nota o suficiente para tirar o primeiro lugar. Caraca, eu estou muito feliz – disse Rebeca.

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