Confira a seguir seis curiosidades sobre a Amazônia, listadas pela National Geographic. A emissora preparou uma programação especial para a data, com o objetivo de reforçar a mensagem sobre a importância da conservação da região, ressaltando para o público sua grandiosidade e necessidade de preservação desse tesouro mundial.
1) A Amazônia (e o rio Amazonas) tem 10 milhões de anos. Julia Tejada, paleontóloga e exploradora da Nat Geo, conta que a origem da Amazônia está ligada à ascensão dos Andes. Ou seja: sem os Andes, não haveria Amazônia e/ou sua flora e fauna.
2) A Amazônia é a principal fonte de biodiversidade neotropical. Segundo Julia, muitos estudos mostram que a maioria das espécies existentes em outras partes da região neotropical – que se estende aproximadamente do sul do México ao sul do Brasil – teve origem na Amazônia.
3) Um dos eventos mais importantes na Amazônia é o “pulso de inundação”. Fernando Trujillo, biólogo marinho e explorador da Nat Geo, conta que – graças às chuvas abundantes nos Andes – o nível dos rios pode aumentar até 15 metros verticalmente por milhares de quilômetros planos. Portanto, todas as espécies que vivem na Amazônia estão adaptadas a isso e, quando o nível da água começa a subir, os peixes, por exemplo, se preparam para fazer migrações reprodutivas.
4) Um único hectare de floresta alagada pode produzir até 20 toneladas de sementes e frutas por ano, o principal alimento para muitos peixes. Ao mesmo tempo, quando a floresta atinge seu nível máximo de inundação, a maioria das árvores libera seus frutos para dispersá-los. Portanto, quando a floresta é desmatada, os peixes são diretamente afetados.
5) Os botos da Amazônia podem mudar de cinza para rosa muito intenso em poucos minutos. Fernando Trujillo menciona que os botos, assim como os humanos quando fazem atividade física, enviam muito sangue para os vasos sanguíneos periféricos para regular a temperatura. Diante disso, os humanos avermelham a pele e os botos, por outro lado, adquirem uma tonalidade muito rosa. Entretanto, nem todos eles mudam de cor, e isso parece ser influenciado pelos fenótipos, tal como nos humanos.
6) Na Amazônia do Peru, a segunda maior floresta tropical da América do Sul, está o rio Hirviente, cujas águas atingem até 100°C. Rosa Vásquez Espinoza, bióloga química e exploradora da National Geographic, conta que esse rio é quente o suficiente para ferver qualquer animal que queira atravessá-lo, mas mesmo assim essas águas estão cheias de vida. Muitos microrganismos vivem no subsolo e em esteiras microbianas. Além disso, as comunidades que vivem ao longo do rio sempre usaram seus recursos para beber, cozinhar ou tomar banho, entre outras coisas.