Inflação de setembro é a maior desde o Plano Real em 1994, diz IBGE

A prévia da inflação para o mês de setembro de 2021, medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o chamado IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), divulgado na manhã desta sexta-feira (24), teve um índice de 1,14% – a maior taxa para o mês desde o início do Plano Real, em 1994.

Com o resultado, inflação acumulada em 12 meses passa de dois dígitos e atinge quase o dobro do teto da meta do governo. Gasolina e energia elétrica foram, novamente, os “vilões” da alta de preços no país. Preço do litro da gasolina em setembro passou dos R$ 7 em postos de combustíveis. De acordo com os números, a inflação de agosto, que ficou em 0,89% acelerou para 1,14% em setembro.

De acordo com o IBGE, “trata-se do maior resultado para o mês de setembro desde o início do Plano Real, em 1994, quando ficou em 1,63%”, além de ser a maior taxa da série histórica do indicador desde fevereiro de 2016, quando ficou em 1,42%.

No ano, o índice acumulou alta de 7,02%. Já no acumulado em 12 meses, o indicador superou os dois dígitos, ficando em 10,05%, quase o dobro do teto da meta estabelecida pelo governo para a inflação deste ano, que é de 5,25%.
A meta central do governo para a inflação em 2021 é de 3,75%, e o intervalo de tolerância varia de 2,25% a 5,25%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Na última quarta-feira (22), a entidade monetária decidiu aumentar a Selic de 5,25% para 6,25%. Foi a quinta alta consecutiva da taxa, que atingiu o maior patamar desde julho de 2019. Na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central dois dias antes do aumento da Selic, os analistas do mercado financeiro aumentaram de 8% para 8,35% a expectativa para a inflação de 2021.

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