Está marcado para o dia 30 de novembro, o júri popular de William Monteiro da Silva e Ingrid Bernadino, pai e madrasta, suspeitos de torturar e matar Lauanny Hester, de dois anos, em Ariquemes (RO). Os dois estão presos desde setembro de 2019, quando a criança foi encontrada morta.
Conforme informações do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), a sessão de julgamento estava prevista para março deste ano, mas foi remarcada por conta da pandemia. A data do júri popular da avó da criança, Suely dos Santos Monteiro, ainda não foi divulgada.
O julgamento de William e Ingrid deve acontecer às 8h do dia 30, no Fórum Juiz Edelçon Inocêncio, localizado na Av. Juscelino Kubtschek, 2365, Setor Institucional de Ariquemes.
Entenda o caso
Em setembro de 2019, uma menina de dois anos, identificada como Lauanny Hester Rodrigues, morreu depois de ser espancada em uma casa de Ariquemes. Segundo a Polícia Militar (PM), vizinhos acionaram uma ambulância depois de ouvirem a criança sendo agredida. Porém, quando a equipe médica chegou, a menina não tinha mais sinais vitais.
O corpo de Lauanny foi encontrado na saída da cozinha para a varanda. O pai e a madrasta da criança foram localizados e presos minutos depois, perto de uma prainha do Rio Jamari. Eles carregavam um bebê de 5 meses, filho do casal.
Após o início das investigações, durante interrogatório, o pai e a madrasta disseram que de fato tinham batido na menina duas vezes. O casal teria agredido a criança por ela ter subido em uma mesa, rasgado um saco de farinha, quebrado coisas e feito sujeira. Diante disso, para “corrigir a criança”, bateram nela.
A menina morreu com muitas fraturas no corpo. Na época, o médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atendeu a ocorrência, disse que ela estava politraumatizada [com traumatismos múltiplos]. Com fraturas no crânio, tórax, quadril e abdômen.
O casal responde também por outros fatos que envolvem tortura e agressão à criança.
Adiante, a Justiça também decretou a prisão preventiva de avó de menina, Suely dos Santos Monteiro, já que ela tinha a guarda de Lauanny e estava proibida de entregar a criança ao pai. Para a polícia, a avó paterna da menina poderia ser responsabilizada pela morte da criança por abandono de incapaz.
Em setembro de 2021, a 1ª Câmara Criminal do TJ, negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Ingrid Bernardino Andrade. Com isso, os três suspeitos continuam em prisão preventiva.