Ida de Bolsonaro para o PL pode forçar dobradinha de Márcia Bittar com Mara Rocha em 2022

Quid pro quo

Do latim, “tomar uma coisa por outra”. Aportuguesado, virou quiprocó, que significa grande confusão, Deus nos acuda, alvoroço, agitação ou tumulto. E é isso que pode ocorrer no cenário político-eleitoral do Acre com a ida do presidente Jair Bolsonaro para o PL, que já tem até data pra acontecer: 22 de novembro.

Cenário

A confusão é porque a pré-candidata ao Senado, Márcia Bittar, ainda está sem partido, pois estava a espera do presidente decidir para onde iria, para ir também. Só que o PL do Acre ganhou recentemente a filiação da deputada federal Mara Rocha, que é hoje o maior quadro do partido no estado e já colocou seu nome à disposição para disputar o Governo do Estado. E aí é que está o problema: a pré-candidata vinha pavimentando a passos largos o caminho para ser a candidata na chapa do governador Gladson Cameli (PP).

Possibilidades

Algumas possibilidades podem ser levantadas com este novo cenário. A primeira seria Marcia não se filiar ao PL, e sim ao União Brasil, partido prestes a ser oficializado e que será comandado pelo senador Marcio Bittar, principal fiador da candidatura de Márcia. Outra possibilidade, é a ida de Márcia para o PL e assumir a candidatura de Mara como parceira, em uma dobradinha puro sangue. A terceira e mais difícil é ir para o PL, mas apoiar Gladson, pois pode incorrer em infidelidade partidária.

Desdobramento

Outro desdobramento grave que pode ocorrer no Acre com a ida de Marcia para o PL, é como ficará a situação do senador Marcio Bittar junto ao governador Gladson Cameli. Bittar, um dos nomes mais fortes junto ao governador, tem indicações e muita influência no Governo do Acre. Se romper, vai ser outro quiprocó.

Tempo

À coluna, o senador Marcio Bittar disse que “é preciso deixar acontecer, primeiro aguardar a filiação do presidente”, para só depois tomar a decisão sobre o futuro da pré-candidatura de Marcia Bittar. Porém, caso se confirme a filiação de Bolsonaro ao PL, ele acredita que Marcia irá para o partido. “Bolsonaro deve estar contando que leva com ele a Márcia”, disse.

Sob nova direção

Creditado quase sempre pela imprensa local como “sem partido”, o senador pelo Acre, Márcio Bittar, não só tem partido como é presidente estadual de uma legenda: o PSL. A informação foi confirmada à coluna pelo ex-presidente da legenda, Pedro Valério, que agora é vice-presidente da sigla.

Na espera

A filiação e a presidência de Bittar no PSL não é surpresa, já que o senador deixou claro suas intenções de ir para o União Brasil, partido que surgirá da fusão entre DEM e PSL, quando saiu do MDB. Também foi amplamente divulgado que logo que a nova legenda cumpra os trâmites burocráticos e seja lançada oficialmente, o senador deve assumir a presidência da agremiação. O movimento foi apenas uma antecipação.

PTB

Na última sexta (5), o PTB do Acre inaugurou sua nova sede, situada no bairro Bosque, na capital Rio Branco. Muita prestigiada, o debute do prédio reuniu uma pequena multidão. Muitos rostos conhecidos da política local compareceram ao evento, o que demonstra prestígio da presidente da legenda no Acre, a publicitária Charlene Lima.

Mesa forte

Ainda sobre o evento do PTB, a mesa da solenidade reuniu nomes de peso da direita acreana. Fizeram parte do dispositivo de honra a presidente do partido, Charlene Lima, o médico e suplente de senador, Eduardo Velloso, o ex-presidente municipal do PP e agora filiado ao PTB, pastor Reginaldo, o senador Marcio Bittar, a professora e pré-candidata ao Senado Márcia Bittar, a jornalista e empresária Wania Pinheiro, que inclusive confirmou seu nome na disputa por uma cadeira na Aleac, entre outras lideranças.

COP26

Além do governador Gladson Cameli (PP) e do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), quem também foi até a Escócia participar do evento das Nações Unidas sobre mudanças climáticas foi o ex-governador e ex-prefeito Jorge Viana (PT). Segundo o petista, sua ida à Europa foi na condição de coordenador do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa, IREE.

Pode mudar

Uma postagem nas redes sociais do deputado federal Flaviano Melo (MDB) junto à vereadora de Rio Branco, Michelle Melo (PDT), acendeu o alerta sobre uma possível mudança de partido por parte da parlamentar municipal. Repleta de elogios, a postagem foi praticamente uma carta-convite de filiação ao MDB. “Jovem parlamentar de mão cheia, uma leoa ao defender suas bandeiras, com um sorriso de boneca estampado no rosto, de quem sabe que trabalhar do jeito certo sempre valerá a pena”, escreveu.

Confirmou

Ao ContilNet, Flaviano confirmou que fez o convite para que Michelle migrasse para o MDB. “Com a nova legislação eleitoral, um partido grande que nem o MDB precisa qualificar ainda mais suas chapas. O trabalho da Michelle fala por ela. Sendo assim, eu e a executiva estadual do Glorioso, fizemos um convite formal para que a Michelle esteja conosco nas próximas eleições. Ficaria muito feliz em tê-la no MDB, o convite foi feito. Agora é aguardar”, confessou.

Dupla barulhenta

Caso se concretize a ida de Michelle ao MDB, a vereadora marchará ao lado de outro competente vereador, Emerson Jarude. O parlamentar emedebista, ao lado da própria Michelle, é uma das principais vozes do parlamento municipal. A dupla, que não leva desaforo pra casa, já atua em sintonia mesmo em partidos diferentes, caso juntem-se em uma mesma sigla, o MDB, o barulho pode ser maior ainda.

Novos vôos

Em entrevista ao ContilNet, a vereadora de Rio Branco, Lene Petecão (PSD), confirmou que pode disputar, no ano que vem, uma vaga na Assembleia Legislativa. A vereadora de segundo mandato acredita que chegou a hora de buscar novos voos. Para a vereadora, o mandato na Câmara Municipal “ficou pequeno”.

Revolução russa

Ontem, dia 7 de novembro, celebrou-se 104 da Revolução Bolchevique. Em 1917, o proletariado russo, sob a liderança de Lênin, tomou o Palácio de Inverno, sede do governo em Petrogrado, e realizou uma das maiores e mais profundas revoluções da história. O governo provisório de Kerensky, que após a revolução de fevereiro defendia que a Rússia participasse da 1ª Guerra Mundial, foi derrubado pelos Bolcheviques. Nos dias seguintes, sob as bandeira de “pão, paz e terra”, os Sovietes decidiram pelo fim da participação na guerra, a distribuição de terras pelos camponeses e das fábricas pelos operários, a fixação de 8h de trabalho diárias, a abolição da pena de morte, o fim da opressão e da exploração do homem pelo homem, entre outras medidas importantes para construção de uma nova sociedade. A vitória da revolução proletária nas jornadas de outubro significou o início de uma nova etapa no movimento revolucionário mundial.

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