Pesquisa
Uma pesquisa do Instituto Real Time Big Data, contratada pela TV Gazeta, e divulgada nesta quinta-feira (2), deu o que falar nos bastidores da política acreana. O levantamento ouviu os eleitores sobre suas preferências na disputa para o Governo do Estado e para o Senado. A pesquisa foi realizada entre os dias 29 e 30 de novembro e ouviu 600 pessoas nos municípios de Rio Branco, Brasiléia, Sena Madureira, Senador Guiomard, Plácido de Castro, Xapuri e Porto Acre, Cruzeiro do Sul, Feijó, Tarauacá, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo e Rodrigues Alves.
Senado
Para a disputa da única vaga para o Senado, a pesquisa estimulada, que é aquela em que são apresentados os nomes dos candidatos, apontou que o ex-senador Jorge Viana (PT) lidera a disputa com 22%, seguido por Alan Rick (DEM) com 15%, Márcia Bittar (sem partido) com 13%, Jéssica Sales (MDB) com 12%, Mailza Gomes (PP) e Vanda Milani (Solidariedade) com 3% e Sanderson Moura (PSOL) com 2%. Leandro Bezerra (Cidadania) não pontuou.
Embolado
O que mais chamou a atenção na pesquisa é que a disputa pelo segundo lugar está acirrada. Aparecem empatados tecnicamente Alan Rick, Marcia Bittar e Jéssica Sales, já que a margem de erro é de 3 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Subindo
Outro dado que requer uma leitura atenciosa é a subida que a pré-candidata Marcia Bittar teve na pesquisa. Se nas pesquisas anteriores a candidata não conseguia sair do dígito único, agora já avança para os dois dígitos, e na briga pelo segundo lugar. A um ano da eleição, muita água ainda vai rolar, mas o que é certo, é que a estratégia que o senador Marcio Bittar (PSL) vem usando para alavancar a candidatura de Marcia, vem mostrando resultado.
Líder
Mais uma pesquisa e Jorge Viana continua na dianteira. Mas o petista tem que ficar atento já que não tem crescido e os concorrentes estão avançando. Por mais que ele esteja liderando fora da margem de erro, a diferença é pequena. É preciso se desgarrar do grupo que vem logo atrás se quiser se eleger no ano que vem.
Governo
Para o Governo, a pesquisa seguiu a mesma tendência dos últimos levantamentos: Gladson (PP) na frente e JV em segundo lugar. Candidato à reeleição, Gladson tem 45% da preferência do eleitor, Jorge Viana tem 21%, Sérgio Petecão tem 12%, Jenilson Leite (PSB) tem 2% e David Hall (Cidadania) 1%. Brancos e nulos são 10% e não sabem ou não responderam 9%.
Sinal amarelo
Os dados da pesquisa para o Governo continuam colocando Gladson em situação confortável, com mais de 20 pontos na frente do segundo. Porém, essa diferença já foi maior. Cameli precisa entender que o sinal amarelo está ligado.
Tudo pode mudar
É importante entender que esses números para o Governo devem mudar bastante quando Jorge Viana decidir que cargo irá disputar, e que provavelmente deve ser o Senado, já que por lá as chances são maiores. Com um capital eleitoral na casa dos 20%, já que pontuou praticamente a mesma coisa tanto para o Senado quanto para o Governo, JV pode mudar drasticamente o cenário caso consiga transferir seus votos para outro candidato. Se decidir se juntar a Petecão, que já tem 12% da preferência do eleitor, pode dar uma sobrevida a candidatura do senador e uma baita dor de cabeça ao governador.
Rejeição
A pesquisa também mediu a rejeição dos postulantes ao Palácio Rio Branco. O campeão de rejeição, assim como de preferência, é o governador Gladson Cameli, com 27%. Jorge Viana vem em seguida com 24%, Petecão com 15%, Jenilson com 8% e Hall com 4%. Afirmam que votariam em todos os candidatos 7% e disseram que não votariam em nenhum 12%. Não sabe em quem votaria teve 3%.
Presidência
A pesquisa também mediu a preferência dos acreanos para a presidência da República. Sem surpresas, Bolsonaro (PL) apareceu na liderança do levantamento, com 38%. Na sequência aparecem o ex-presidente Lula (PT) com 29%, Ciro Gomes (PDT) com 8%, Sérgio Moro (Podemos) com 7%, João Dória (PSDB), com 2%, e Rodrigo Pacheco (PSD) com 1%. Brancos e nulos somam 8%, e pessoas que não souberam ou não opinaram são 7%.
Desbolsonarizando
Reconhecidamente como um dos estados mais bolsonaristas do país, os números da pesquisa no Acre são muito representativos e passam um recado claro: com a crise a pleno vapor o bolsonarismo está perdendo espaço. Com uma diferença de apenas 9 pontos percentuais entre Lula e Bolsonaro, o antipetismo, outrora tão arraigado pelas bandas de cá, está evaporando. Não há ideologia política que resista a um custo de vida nas alturas.