‘Que ele seja penalizado’, diz motoboy agredido após cobrar entrega

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O motoboy Hery Silva, de 32 anos, que foi agredido após tentar cobrar um homem por uma entrega feita por aplicativo no sábado (5), em Manaus, disse que vai processar o agressor. O caso ocorreu em frente ao hospital Dona Lindu, na Zona Centro-Sul da capital.

g1 procurou o agressor, que não respondeu à reportagem.

Hery contou que ao chegar no local com a encomenda informou ao cliente que o valor da corrida era de R$ 12. O homem lhe deu R$ 6 em moedas e disse que faria um pix do restante. Após esperar 30 minutos, o motoboy devolveu o dinheiro já repassado pelo cliente e tentou ir embora, quando foi atacado pelo agressor. Segundo a vítima, foram cerca de dez minutos imobilizado. Após o ataque , o agressor fez a transferência do dinheiro.

O entregador fez um boletim de ocorrência e o caso foi registrado no 1º Distrito Integrado de Polícia da capital. Segundo Hery, ele e o agressor foram ouvidos ainda no sábado.

“Eu fui na delegacia e fui ouvido pelo delegado. Ele [o agressor] também estava lá. Não sei quem o identificou, mas sei que ele foi ouvido também, mas separado. Em nenhum momento conversamos”.

Na ocasião, segundo a Polícia Civil, o agressor que aparece nas imagens atacando o motoboy assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado. No entanto, o trabalhador quer que ele seja responsabilizado pelas ofensas e agressões que recebeu.

“Eu já estou com um advogado e vamos processar. Que a lei seja feita, que ele seja penalizado, pelo menos”.

Natural do Maranhão, Hery mora no Amazonas há mais de 15 anos. Ele tinha uma agência de turismo em Presidente Figueiredo, no interior do estado, mas com a pandemia fechou as portas e precisou encontrar novas formas de conseguir a renda para casa.

Ao g1, no domingo (6), o motoboy disse que sente medo em continuar com a profissão, mas que não sabe o que fazer.

“Ninguém vai me tirar da situação em que eu me encontro hoje e me dar um novo trabalho. Vou ter que exercer essa profissão, mas e quando eu sair? Me sinto um alvo. Somos alvos de trânsito, de ladrões e agora mais isso? Até o cliente que a gente está beneficiando nos agride, nos humilha, cospe na gente. Como é isso? Não pode ser assim”, finalizou.

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