Acre é segundo estado onde a tuberculose mais mata no país

O Ministério da Saúde lançou esta semana o Boletim Epidemiológico da Tuberculose. Os dados mostram que, em 2021, o Acre foi o segundo estado da federação com maior número de mortes pela doença no país, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro.

A mortalidade por tuberculose no Acre foi de 3,9 óbitos por 100.000, ficando acima da média nacional, que foi 2,1 óbitos por 100.000.

Para as pessoas que vivem com HIV, a coinfecção por tuberculose é a principal causa de óbitos. Segundo o ministério, 13 pessoas com a doença realizaram testagem para o HIV em 2021 no Acre, no ano anterior foram 6.

Quanto ao número de notificações de tuberculose por estado, mais uma vez o Acre teve um coeficiente do Brasil (32,0 casos por 100 mil hab.), com 50,3 casos  a cada 100 mil habitantes.

O abandono do tratamento antes da cura também um problema no Acre: 3,8% dos pacientes não concluem o tratamento.

Sobre a doença

A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa transmitida pelas vias aéreas e provocada em grande parte dos casos pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (também conhecida como bacilo de Koch), podendo ser causada também, embora mais raramente, por outras espécies de agentes como a Mycobacterium bovis, M. africanum e M. microti. A doença afeta principalmente os pulmões e pode atingir outros órgãos do corpo como rins, meninges e ossos.

Sintomas e prevenção

A doença tem como principais sintomas emagrecimento acentuado, tosse com ou sem secreção por mais de três semanas, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, cansaço excessivo, falta de apetite, palidez e rouquidão. Para sua prevenção, é aplicada a vacina BCG em crianças, a qual previne somente a forma grave da doença. O contágio também pode ser evitado com tratamento e orientação dos infectados além de melhorias nas condições de vida da população, já que a enfermidade está associada à pobreza e à má distribuição de renda.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da tuberculose é realizado com radiografia do tórax, além de exames laboratoriais e escarro do paciente (baciloscopia). O tratamento, que pode durar seis meses ou um ano, é feito à base de antibióticos. Uma das dificuldades no combate à tuberculose é a falta de adesão ao tratamento – por ser longo e apresentar resultados rápidos, alguns pacientes o abandonam – o que acaba por provocar o desenvolvimento de uma forma da doença resistente aos medicamentos, conhecida como tuberculose multirresistente. Este tipo de tuberculose tem crescido mundialmente. (Fonte: Fiocruz)

 

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