Blog do Ton: O cuidado que Gladson Cameli precisa ter nessas eleições para o pior não acontecer

Com um ano de gestão, Gladson Cameli já coleciona algumas inimizades na política. Algumas dessas inimizades saíram da sua própria base. Quanto mais as eleições deste ano se definem, mais alguns deles ampliam seu poder de fogo, como é o recente caso de Mara Rocha, que conseguiu a façanha de se unir com um experiente Flaviano Melo e torna-se uma opção competitiva para abocanhar votos ao Governo do Acre.

É aqui que mora o perigo: se até aqui nenhuma candidatura ameaçou as chances de reeleição do governador, talvez até por terem abordagens parecidas com a sua e que disputem o mesmo público – como acredito que seja o caso do senador Sérgio Petecão – nomes com um posicionamento diferente se mostram como opções, como Jorge Viana e Mara Rocha.

Enquanto Mara tem a seu favor uma ferrenha atuação em defesa das pautas do presidente Jair Bolsonaro, o favorito na disputa presidencial do Acre, Jorge teria em seu favor suas gestões passadas, muito bem lembradas pelo eleitorado. Não que eu não acredite na candidatura de Petecão, muito pelo contrário. Mas percebo que o fortalecimento do populista senador está ligeiramente ligado a uma fragilização da candidatura de Gladson. E, logicamente, ele não seria o único beneficiado.

Talvez o que mais animou Flaviano nessa adesão aos Rocha foi justamente uma certa pesquisa interna que mostra, mais ou menos, esse mesmo cenário. Agora, a briga é tirar Gladson Cameli de uma vitória certa no primeiro turno, jogar a decisão para o segundo e reunir o máximo de forças possíveis na candidatura que estiver concorrendo com o atual governador. Se é Petecão, Mara, Emerson Jarude ou qualquer outro nome que imediatamente passe por esse grupo, não sei. Mas de uma coisa eu sei: unidos eles já mostraram que estarão.

Correr contra o tempo

Seria correr contra o tempo, mas acredito que alguns pontos dessa falta de união ainda podem ser resolvidos.

Cidadania

O Cidadania perdeu algumas dezenas de membros na quarta-feira (16). Todos devem ir em direção ao Agir, com o objetivo de manter as pré-candidaturas já anunciadas até aqui. David Hall para o Governo e Leandro Costa para o Senado são as duas majoritárias.

Cidadania²

Com o racha, permaneceu no partido quem deve fechar com o PSDB, com federação a ser oficializada. O ninho tucano, no Acre, não ganha muita coisa com a federação, já que o maior percentual de lideranças vai para o Agir. A chapa de estadual, por exemplo, estava recheada de presidentes de bairros e representantes sindicais. Poderia dar legenda e eleger um deputado estadual.

Cidadania³

Fiquei sabendo que pelo menos duas pessoas que ficaram possuem esperanças de emplacar um cargo no Governo do Acre. Podem dar com os burros n’água.

Adailton Cruz

O vereador e presidente do Sintesac, Adailton Cruz, teve trechos de áudios espalhados em diversas plataformas que davam a entender uma possível pressão por fechar unidades de saúde, o que iria de encontro à lei, que prevê 30% dos serviços funcionando em caso de greve. Com a palavra, o vereador.

Adailton Cruz²

“É o risco de falas cortadas. Hoje [quarta-feira, 16] o comando sindical decidiu aguardar até amanhã o envio dos projetos, Auxilio Saúde, Etapa Alimentação e Reposição, à ALEAC, caso não seja enviado, iremos mobilizar os manifestos em sistema de rodízios para as unidades, iniciaremos na UPA da Sobral, depois seguiremos par UPA do Segundo Distrito, mas sempre garantido o atendimento dos casos de Covid-19, urgência e emergência. Jamais iremos tolher um direito básico: o direito à vida”.

Adailton Cruz³

Com as eleições às portas, e o interesse em pleitear uma das vagas disponíveis na Aleac, Adailton deve atrair atenção de gregos e troianos. Todo cuidado é pouco.

Alto Acre

As disputas pelos parlamentos estaduais e federais prometem ter um fôlego a mais no Alto Acre. São vários os nomes que devem sair daquela região para o páreo. Leila Galvão, Rubens, Zemar – ou a esposa Blandina, Messias Lopes, Daniel Dorzila, Neiva Badotti, Tadeu Hassem e pastor Elizeu são alguns dos nomes que pretendem disputar uma vaga na Aleac.

Alto Acre²

Já para a Câmara Federal, Vagner Galli, Chiquinho Chaves e Israel Milani são nomes que pretendem abocanhar votos localmente. Israel não é necessariamente um deputado do Alto Acre mas, com um forte grupo local, disputa a preferência do eleitorado daquela região.

Mais um

O dr. Edson Braga tem conversas avançadas com o grupo do senador Marcio Bittar (UB-AC) e pode entrar no páreo. Provavelmente, integra uma das chapas à Câmara Federal – de um partido que esteja sob a órbita do senador. Pode ir para o PL, que aterrissou na base recentemente.

Manifestações

Um grupo de manifestantes prometeu atos contra Bolsonaro durante sua passagem pelo Acre. Imediatamente, outro grupo prometeu se vestir de verde e amarelo e ir ao aeroporto receber o presidente. Tem tudo pra dar ruim, mas tomara que não dê.

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