Michelle visita empresas de transporte e assessor de Bocalom questiona: “Porque não foi na Ricco?”

Através de suas redes sociais, a vereadora Michelle Melo (PDT-AC) divulgou a informação de que visitou garagens de empresas de transporte público que operam na Capital. A vereadora teria conversado com interlocutores das empresas São Judas Tadeu e Via Verde.

“Ainda era de madrugada quando eu e minha equipe fomos até uma das garagens de ônibus para conversar com quem sabe da realidade do que está acontecendo dentro das empresas do transporte público: os motoristas”, publicou nas redes. A ação rendeu diversas reações nas redes e aplicativos de compartilhamento de mensagens, desde fotos, vídeos até áudios com trechos das conversas.

Ao ContilNet, o Assessor Especial de Comunicação da Prefeitura de Rio Branco, Ailton Oliveira, diz que Michelle está ‘atrapalhando’ o andamento dos trabalhos que fazem parte de uma reformulação – como ele define – no transporte de Rio Branco. Ailton, que responde pela Assessoria Especial de Comunicação da prefeitura, afirma que o prefeito tenta subverter um monopólio de décadas – e que Michelle estaria em favor à continuidade das antigas empresas.

“Nossa gestão está tentando quebrar um monopólio de décadas no transporte público. Esse problema não é de hoje, então não pode ser tratado como se fosse. Pela primeira vez na história da Prefeitura de Rio Branco, um gestor tem a coragem de mexer na raiz do problema, pois os outros nunca quiseram mexer. Seja porque participaram de esquemas de financiamento de campanhas ou por qualquer outro motivo. Acontece que o prefeito Bocalom nunca participou desses esquemas e tem coragem para encarar [o problema] de frente”.

Ailton Oliveira é Assessor Especial de Comunicação de Bocalom. Foto: Reprodução

Para Ailton, Michelle deveria ter ido à garagem da recém-chegada Ricco Transportes. “Porque ela não vai à garagem da Ricco? Na empresa que está dando certo? Nossa resposta, vinda da população, foi imediata: a empresa chegou dando um novo respiro à cidade. O natural é que a atividade das empresas problemáticas seja descontinuada, e isso não é monopólio, pois chamamos seis empresas para fazer parte da missão que só a Ricco aceitou. Ela foi às garagens de empresas antigas e ainda incitou essas empresas. Não acho que isso seja ajudar a população”.

A vereadora Michelle Melo, em entrevista ao ContilNet, reagiu às declarações. “Eu estou atrapalhando em que? Se ele tem uma intervenção, se a gestão é dele [do prefeito Bocalom], atrapalho em que? Estou fazendo o meu trabalho, que é de fiscalizar. Ele está querendo monopolizar o trabalho à Ricco”, diz a vereadora.

Presidente da CPI que investiga a atuação das empresas de transporte público na cidade, Michelle afirma que a prefeitura assumiu a gestão do transporte e vai, sim, fiscalizar a intervenção de ponta à ponta, para garantir que trabalhadores não percam seus direitos. “Se tem algo que tenho visto nos documentos [durante investigações da CPI] é que todos os outros gestores se preocuparam com o passivo dos trabalhadores. Não vejo isso na atual empresa”.

Vereadora Michelle Melo. Foto: Assessoria

Sobre um trecho de conversa que alcançou redes sociais e o ContilNet teve acesso, onde Michelle diz que a prefeitura tem dinheiro e ‘tem que abrir o cofre’, a vereadora disse que não incitou às empresas que requeressem subsidio, o que afirma ser contra. Ela afirma que estava se referindo aos salários dos trabalhadores.

“Falei a eles [os funcionários do transporte público] que a administração pública tem dinheiro para pagar os salários. Falei à interventora da São Judas Tadeu, interventora também da Via Verde, que eles têm que pagar. Eu falava à respeito dos salários dos trabalhadores, e não em injetar dinheiro em empresas de transporte”.

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