A Luana é aquele tipo de mulher que gosta bastante de uma pescaria. Desde criança nos rios por influência do pai, ela coleciona histórias de diferentes espécies e tamanhos de peixes fisgados em Mato Grosso do Sul. A última, fica a pergunta: seria história de pescador?
A médica veterinária e o guia de pesca garantem que é fato e dizem que as fotos comprovam: o mesmo peixe, duas vezes no mesmo dia, em pontos e horários diferentes do rio Aquidauana, no Pantanal.
O mesmo peixe?
O guia Paulo Alberto de Lima Barbosa foi o primeiro a perceber marcas únicas no peixe: ” Ele tinha sinais e machucados e isso chamou a minha atenção. Aí tiramos as fotos e o devolvemos para a água. Mudamos de ponto de pesca e já era umas 20/21h. Pegamos outro peixe da espécie jaú. Aí quando o retirei da água percebi a semelhança e comentei com a Luana que parecia muito com o outro devido os machucados e ralados”, conta.
Fábio Lopes de Paula é o dono do barco. Ele não estava com a jovem, mas sabe todos os detalhes:
Luana comparou as duas fotos, as marcas no peixe. “Pareciam ferimentos de rede ou linha de pesca”, fala. Ao constatar que eram os mesmos sinais nos mesmos pontos do animal da mesma espécie, a veterinária se deu conta que tinha pescado o mesmo jaú.
Conforme Fábio, Luana é cliente antiga: “Ela é acostumada a pegar peixe grande aqui com a gente, ela solta todos, até os grandes”, fala. E a médica veterinária confirma: “Moro em Coxim, sempre pesquei. Adquiri essa paixão com meu pai”.
“Isso não é nenhum pouco comum de acontecer. Nesse caso específico, foi uma grande sorte da Luana”, fala Paulo Alberto. “Se a gente tivesse gravado um vídeo, não ia ser tanto história de pescador”, brinca Luana Mendes Pereira, de 29 anos.
De acordo com Fábio, o jaú pescado por Luana tinha aproximadamente cinco quilos, o que é considerado pequeno para a espécie, que pode atingir até 80 quilos.