Para ter uma graça alcançada, muitos católicos fazem promessas e pagam das mais diversas formas, uma das mais frequentes é durante procissões. A funcionária pública Lara Rodrigues paga a mesma promessa há mais de 30 anos, desde quando havia suspeitas de que teria lúpus, uma doença autoimune, que foi descartada anos depois.
Há 38 anos Lara participa da procissão todos os anos, vestindo uma bata branca, de tecido TNT, e sem sapatos, durante todo trajeto que percorre a solenidade. “Até hoje eu pago minha promessa, mas nos últimos anos não teve como, pois não aconteceu por causa da Covid-19, mas eu acompanho a procissão descalça e de roupa branca, mas não uma saia e blusa ou calça e blusa, eu faço uma bata de TNT, para não ser o comum”, conta.
De acordo com Lara, ela participa da procissão desde criança e mesmo quando esteve em outras cidades na data da solenidade, participava pela igreja local, mas sem deixar de pagar a promessa. “Já participei da procissão em São Paulo, lá é um pouco diferente daqui, mas paguei minha promessa da mesma forma. Nunca deixei de pagar minha promessa e quando terminava a procissão, levava o pano para igreja para que eles pudessem usar em outras coisas”, diz.
Lara relembra o dia em que fez a promessa e conta que havia chegado do hospital, onde tinha feito muitos exames e estava com muita dor. “Foi nesse dia que eu ‘me peguei’ com Nossa Senhora, eu estava desesperada de dor e precisei tomar uma injeção na farmácia próximo ao apartamento em que eu estava”, lembra.
A funcionária pública já participou ativamente de serviços da igreja católica como a coordenação dos coroinhas na Catedral Nossa Senhora de Nazaré e até os dias de hoje frequenta a igreja acompanhada da tia.