30 anos sem Edmundo Pinto: ao ContilNet, filho revela detalhes do crime que chocou o Acre

Uma data significativa, marcada por emoção e principalmente pela memória de um crime que mesmo após 30 anos, causa grande comoção social. São “30 anos sem Edmundo Pinto”! A frase da homenagem feita por familiares e amigos, expressa em camisetas e imagens nas redes sociais, fala sobre saudade, esperança, fala sobre novos sentimentos e principalmente sobre a importância de manter vivo o seu legado.

“Eu tinha apenas 13 anos, mas foi impactante. Com certeza foi o dia que o Acre inteiro chorou. Quando ele foi assassinado a nossa família se despedaçou. A minha mãe fez o possível para nos educar, não foi fácil. Hoje, amadurecidos, entendemos que o sentimento de vingança e a angústia não fazem bem para ninguém”, comentou o filho de Edmundo Pinto, Rodrigo Pinto, que mora fora do país, mas fez questão de vir ao Acre participar da homenagem ao seu pai, que será realizada nesta terça-feira, na Catedral Nossa Senhora de Nazaré.

O ano foi 1992, um jovem e promissor político do Acre, atual governador do seu estado, foi assassinado na madrugada do dia 17 de maio, no quarto 704, do Della Volpe Garden Hotel, em São Paulo. A motivação do crime, de acordo com as investigações realizadas na época, foi latrocínio, assalto seguido de morte, mas o fato é que, para muitos, esse assunto ainda é considerado como um mistério não solucionado.

“A gente continua convencido de que não foi um simples latrocínio. Mas já entregamos nas mãos de Deus, não pudemos confiar na justiça dos homens. Nosso objetivo maior é rezar e pedir pelo filho, pai, avô, líder dos acreanos! Foi um grande exemplo de vida que ele nos deixou. A geração dele, a minha geração, todos enfrentamos muita dor, sofrimento por não ver a justiça sendo feita, mas temos que pensar nas novas gerações, nos netos de Edmundo Pinto, no legado que ele deixou”, complementou Rodrigo em tom emocionado.

Os sonhos foram interrompidos por um trágico crime, mas a realização da vida de Edmundo Pinto foi conquistada com louvores: ser governador do estado do Acre. “Ele teve a verdadeira realização de um pai e onde ele estiver, está feliz! O tempo de chorar já passou, agora queremos relembrar a sua trajetória pessoal e política, como grande homem que foi e continua sendo para todos nós”, lembrou Rodrigo, que representa a família na homenagem a ser realizada em cerimônia católica.

Os sonhos foram interrompidos por um trágico crime, mas a realização da vida de Edmundo Pinto foi conquistada com louvores: ser governador do estado do Acre. Foto cedida.

Um minuto de silêncio

A homenagem será aberta ao público e inicia às 19h desta terça-feira, 17, na catedral Nossa Senhora de Nazaré. O fato de Edmundo Pinto ter sido católico influenciou a decisão da família e dos amigos na escolha do local. “Mas todas as pessoas que tinham carinho por ele, e sabemos são muitas, de todas as religiões, podem se juntar a nós num minuto de silêncio. Será uma honra contar com a participação de todos aqueles que conhecem e honram a história do meu pai, mesmo que seja em pensamento”, finalizou Rodrigo.

Sobre o homenageado

Edmundo Pinto de Almeida Neto foi um advogado e político que se destacou em sua época, vindo a ser eleito governador do Acre em 1990, aos 37 anos. Ele já tinha atuado com êxito em mandatos de vereador e de deputado estadual, em Rio Branco, cidade onde nasceu no dia 21 de junho de 1953.

Mais informações podem ser acessadas na fanpage oficial.

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