Autoridades portuguesas disseram nesta quarta-feira (18) que identificaram cinco casos da rara infecção por varíola dos macacos, e os serviços de saúde da Espanha estão testando 23 casos em potencial depois que o Reino Unido colocou a Europa em alerta para o vírus.
Os cinco doentes portugueses, de 20 casos suspeitos no país, estão estáveis. São homens e todos vivem na região de Lisboa e Vale do Tejo, segundo as autoridades sanitárias portuguesas.
Autoridades de saúde europeias estão monitorando qualquer surto da doença desde que o Reino Unido relatou seu primeiro caso de varíola dos macacos em 7 de maio e encontrou mais seis no país desde então.
A Espanha emitiu um alerta no início da manhã dizendo que tinha oito casos suspeitos em teste. O número subiu para 23 casos no final da tarde, disseram as autoridades de saúde da região de Madri em um comunicado. Todos os casos permanecem não confirmados.
Varíola dos macacos é uma infecção viral rara semelhante à varíola humana, embora mais leve, registrada pela primeira vez na República Democrática do Congo na década de 1970. O número de casos na África Ocidental aumentou na última década.
Os sintomas incluem febre, dores de cabeça e erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham para o resto do corpo.
Não é particularmente infecciosa entre as pessoas, disseram as autoridades de saúde espanholas, e a maioria das pessoas infectadas se recupera em algumas semanas, embora casos graves tenham sido relatados.
OMS BUSCA RESPOSTAS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na terça-feira (17) que quer esclarecer, com a ajuda do Reino Unido, os casos de varíola do macaco.
Com exceção do primeiro caso –o infectado tinha viajado recentemente para a Nigéria, na África Ocidental, onde a doença viral é endêmica–, os doentes foram infectados no Reino Unido, criando receios de transmissão comunitária.
Diretora da OMS, Maria Van Kerkhove afirmou que trabalha “muito estreitamente” com o Centro Europeu de Controle de Doenças e com a agência de segurança sanitária britânica para “avaliar (…) a fonte da infecção” e realizar um “exercício de acompanhamento”.
Por sua vez, o UKHSA (agência britânica de segurança sanitária) está tentando encontrar uma ligação entre os quatro casos identificados mais recentemente, que parecem ter sido infectados em Londres.