A Seleção Brasileira feminina entra em campo, nesta quinta-feira (21/7), para seu último jogo antes da semifinal da Copa América. O time alcançou a classificação antecipada após golear a Venezuela na última segunda (18/7), por 4 x 0.
Agora, o Brasil encara o Peru para criar uma vantagem ainda maior na liderança do Grupo B. Do outro lado, Chile, Paraguai e Colômbia brigam pelas primeiras posições do Grupo A e, consequentemente, uma classificação para a semifinal da Copa.
Confiança e treinamento
Para a técnica Pia Sundhage, o êxito da Seleção veio pela forma como as jogadoras estão lidando com o adversário dentro de campo. No último confronto, por exemplo, a sueca aponta para a dificuldade em colocar a bola no fundo da rede.
“É difícil marcar gols, e a Venezuela complicou essa tarefa para nós no primeiro tempo. Mas estou muito feliz de ver como nossas jogadoras permaneceram conectadas. Debinha, por exemplo, está criando muitos espaços e ajudando muito suas companheiras. Marcamos quatro gols fantásticos, somamos três pontos e estamos prontas para enfrentar o Peru e jogar a semifinal”, afirma ela.
A treinadora também tenta se manter tranquila durante os confrontos, buscando confiar no treinamento e nas jogadores que tem à disposição. “Gosto de manter a calma. Por dentro, estou muito empolgada, mas o motivo pelo qual aparento estar calma é porque eu realmente acredito nas jogadoras. Eu acredito de verdade que elas tentam fazer o melhor e que nos preparamos bem para esse jogo”, explica.
A meia Kerolin também que os treinamentos intensos estão ensinando as jogadoras a terem mais paciência no trabalho de bola em campo.
“Os treinos estão sendo muito intensos. A Pia tem nos mostrado sempre a importância de ter paciência, rodar a bola, desgastar o adversário para conseguir achar espaços no campo aberto e ter melhores condições de achar o 1×1, um jogo mais veloz, para chegar no terço final e fazer os gols”, conta ela.
Rumo à Copa do Mundo
Visando uma vaga na Copa do Mundo de 2023, Sundhage afirma que o trabalho precisa ser feito de maneira individual e coletiva. Mesmo com o esforço, a técnica pontua que ainda existe uma evolução que precisa acontecer na equipe.
“Em relação ao time, para se classificar e ir bem na Copa do Mundo, cada uma das jogadoras precisa fazer o seu melhor e se perguntar todo dia se fez tudo que podia para aprimorar seu jogo e ser a melhor companheira de equipe. Para a torcida, eu prometo que farei tudo que puder para que essa equipe esteja mais unida, mais conectada, porque o Brasil tem tantas jogadoras boas e meu trabalho junto com a comissão é reuni-las para jogar um bom futebol. Ainda temos um caminho a percorrer para que estejamos conectadas no ataque e na defesa”, diz Pia Sundhage.
Kerolin concorda e afirma que a evolução já vem acontecendo durante o torneio: “É preciso pensar um dia após o outro, sempre com muita paciência, entender o modelo de jogo das outras equipes e ter a mente aberta para ver o que erramos para melhorarmos no próximo. Nós evoluímos muito. Sempre há várias atletas diferentes se destacando, o que mostra que a Seleção vem com o coração cheio de vontade de vencer”.
Brasil e Peru entram em campo nesta quinta, às 21h. A transmissão da partida será feita pelo SporTV e SBT.