Embora detenha o menor percentual de votos por região no país, a Amazônia, composta por oito estados e que corresponde a 59% do território nacional, permanecerá, no Governo do presidente eleito petista Luís Inácio Lula da Silva, em pelo menos seis estados, sob influência do bolsonarismo, o viés político e ideológico simpático ao presidente derrotado Jair Bolsonaro. Foi sob o Governo Bolsonaro que ambientalistas nacionais e internacionais passaram a informar que o desmatamento amazônico foi ampliado e a cada ano seguinte vinha batendo recordes.
A legislação define que as propriedades rurais nessa área devem conservar 80% da cobertura vegetal. Seis estados seguirão sob o comando de aliados de Bolsonaro. São eles:
1-Acre – Gladson Cameli (PP)
- Roraima – Antonio Denarium (PP)
- Mato Grosso – Mauro Mendes (União)
- Rondônia – Coronel Marcos Rocha (União)
- Amazonas – Wilson Lima (União)
- Tocantins – Wanderlei Barbosa (Republicanos)
Governadores do Maranhão (Carlos Brandão) é do PSB, e do Amapá (Clécio Vieira), do Solidariedade. Os dois foram os únicos da região amazônica que fizeram campanha contra Bolsonaro.
Os governadores aliados do atual presidente representam um território quase 70% de todas as florestas do bioma amazônico, segundo o Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). Só o Amazonas tem 46% da área.
Sob a gestão de Antonio Denarium, Roraima enfrenta problemas como o avanço do agronegócio de grãos, a grilagem, o roubo de madeira e o garimpo ilegal.
Em julho, ele sancionou uma lei que proíbe a destruição de equipamentos apreendidos de garimpeiros ilegais. A destruição de maquinário é uma das bandeiras de Bolsonaro e está entre as maiores críticas de agentes do Ibama que combatem o desmatamento. Eles afirmam que na maior parte das vezes não é possível retirar as peças da floresta por risco de emboscada.
De todos os estados, o Acre, que será governado por mais um mandato por Gladson Cameli, é o que apresenta menor índice de desmatamento. O governador acreano defende a ideia de que, mesmo que o governo apoie a ampliação do agronegócio na região, no Acre, segundo ele, não seria mais necessário desmatar. “Temos áreas de sobra já desmatadas para aumentarmos as atividades do agronegócio”, diz o governador reeleito do Acre.