Cinco dos oito atuais deputados federais da bancada do Acre, aliados do governo e do presidente Jair Bolsonaro, votaram contra a proposta de urgência para votação ao projeto de lei que torna a pedofilia um crime hediondo, discutido na tarde desta quarta-feira (18).
A urgência para votação do projeto, que deve ir ao plenário na semana que vem, foi aprovada.
Votaram a favor da proposta os deputados Leo de Brito (PT) e Perpétua Almeida, aliados do candidato petista Luís Inácio Lula da Silva – o deputado Jesus Sérgio (PDT) se ausentou da votação.
O comportamento dos deputados bolsonaristas da bancada do Acre ocorre no momento em que, coincidência ou não, o presidente da República e candidato à reeleição vem sendo apontado pela campanha de seu adversário como envolvido com crime de pedofilia.
A acusação é sustentada pelo PT e aliados de Lula a partir de declarações de Bolsonaro dando conta de que, durante um passeio de moto nos arredores de Brasília, em 2020, haveria “pintado um clima” entre ele e meninas refugiadas da Venezuela, com idade estimada pelo próprio entre 14 e 15 anos.
A proposta, apesar da negativa da grande maioria dos deputados do Acre, foi aprovada nesta quarta-feira (18) em regime de urgência para que o Projeto de Lei, número 1252/21, do deputado Osires Damaso (PSC-TO), torne hediondos os crimes relacionados à pedofilia e aumenta a pena para seus praticantes.
A proposta poderá ser votada nas próximas sessões do Plenário. Da bancada do Acre, votaram contra os os deputados Flaviano Melo, Mara Rocha e Jéssica Sales (MDB), Wanda Milani e Antônia Lúcia (Republicanos).