Pimenta: discussão sobre nomes para as prefeituras do Acre em 2024 começa a ganhar força

Sucessão

É sempre assim, basta sair o resultado de uma eleição para o cenário da próxima já começar a ser desenhado. Com alguns políticos se saindo bem e outros mal nesse último pleito, as projeções de quem é candidato ao quê em 2024 já está tomando conta das rodas de conversa sobre política.

Cruzeiro do Sul

Em Cruzeiro do Sul, segundo maior município do Acre, a deputada federal Jéssica Sales (MDB) já disse que quer disputar a Prefeitura em 2024. Jéssica, que só não se reelegeu por conta do quociente eleitoral, representa uma das famílias mais fortes da região do Juruá, os Sales. Como adversário, terá um osso duro de roer, o atual prefeito Zequinha Lima (PP), um dos mais bem avaliados do Acre e que faz uma gestão elogiada até por adversários. Isso sem contar os outros grupos que já estão se movimentando para entrar na briga.

Sena Madureira

Já em Sena Madureira, terceiro maior município do Acre, a briga pela prefeitura promete ser acirrada. Os dois maiores grupos políticos do municípios, o do atual prefeito Mazinho Serafim e o do deputado estadual Gehlen Diniz saíram com muita força dessa eleição, cada um elegeu um deputado federal e um estadual. Pelo grupo de Gehlen, o próprio deputado se elegeu para a Câmara Federal e o seu irmão, Gene Diniz (Republicanos) virou deputado estadual. Já o grupo de Mazinho, que está em segundo mandato e não pode tentar mais uma reeleição, elegeu sua esposa, a deputada estadual Meire Serafim para a Câmara Federal e o seu vice-prefeito, Gilberto Lira (União Brasil), como deputado estadual.

Rio Branco

Na capital, as discussões estão a 100km por hora. Não faz nem uma semana que a eleição passou e já apareceram os nomes da ex-prefeita e deputada federal mais votada desse pleito, Socorro Neri (PP), do segundo lugar na disputa pelo Senado, Ney Amorim (Podemos), e da candidata a deputada federal e irmã do senador eleito Alan Rick, Mirla Miranda (UB), como prováveis adversários do atual prefeito Tião Bocalom (PP) em 2024.  

Esquerda

Pela esquerda, ainda não há nomes no jogo de sucessão municipal da Capital sendo ventilados. O ex-prefeito Marcus Alexandre (PT), que seria um nome natural caso tivesse optado pela disputa de uma vaga na Aleac e tivesse vencido, não está sendo lembrado por enquanto. O deputado estadual e candidato derrotado ao Senado, Jenilson Leite (PSB), é outro nome desse lado do espectro político que pode ser lembrado mais pra frente.

Fazendo as honras 

Está aberta a temporada de visitas à Aleac. O presidente da Assembleia Legislativa, o deputado reeleito Nicolau Junior (PP), começou a receber os novos deputados eleitos e vem fazendo as honras da Casa. Nas redes sociais, Nicolau postou fotos ao lado dos novos deputados estaduais Eduardo Ribeiro (PSD), Pablo Bregense (PSD), Clodoaldo Rodrigues (Republicanos) e Adailton Cruz (PSB).

Vida fácil

Ontem falei aqui na coluna que o governador reeleito Gladson Cameli (PP) não deve enfrentar dificuldades com a nova composição da Aleac, já que grande parte dos eleitos ou é aliado ou tem potencial para ser. Quem também deve ter, a partir de agora, vida fácil na relação com o parlamento é o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom. Seus dois principais opositores, os vereadores Michelle Melo (PDT) e Emerson Jarude (MDB), vão ocupar cadeiras no parlamento estadual a partir do ano que vem, além de Adailton Cruz (PSB), que mantém uma posição de independência no parlamento municipal e também conquistou uma vaga na Assembleia Legislativa do Acre.

PSD

O PSD do senador Sérgio Petecão fez bonito nessa eleição. Apesar da performance pouco satisfatória do senador da disputa pelo Governo do Acre, a sigla emplacou dois deputados estaduais. Um avanço em tanto com relação ao último pleito, quando não havia nenhum deputado. Os cálculos que o partido fez na montagem da chapa foram certeiros, fazia dois com possibilidade de fazer um terceiro. 

Pesquisa

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada ontem, mostra que o ex-presidente Lula (PT) tem 54% de votos válidos no 2° turno, contra 46% do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em votos totais, o quadro é o seguinte: Lula tem 48%, Bolsonaro 41%, brancos e nulos 4% e indecisos 7%.

Apoio

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), se encontrou ontem, em Brasília, com o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP); o líder da Minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN); o senador Humberto Costa (PT-PE); e o ex-governador do Piauí e senador eleito Wellington Dias (PT). O encontro, pode ser um sinal de que o PT pretende apoiar a reeleição de Pacheco à frente da Casa para o próximo biênio. 

80%

Ontem, durante a coletiva de imprensa do PL do Acre e da candidata derrotada ao Senado, Marcia Bittar, o presidente regional do partido de Bolsonaro, Edson Siqueira, disse que, neste ano, o Acre vai ultrapassar o número de votos que o presidente teve no estado em 2018. No 2º turno daquele ano, o Acre foi o estado que mais deu votos, proporcionalmente, ao presidente: 77%. “Agora a nossa meta é passar de 80% de votos pro Bolsonaro aqui no Acre, é o mínimo que podemos fazer pelo nosso presidente”.

PUBLICIDADE