Louros
Com uma candidatura ao Senado solo, mantida a trancos e barrancos, depois de idas e vindas em acordos com o PT, MDB e PSD, o deputado estadual Jenilson Leite (PSB) deve colher os louros do resultado expressivo que obteve nas urnas em breve. Mais precisamente em 2024.
Prefeitura
Explico, o nome do parlamentar, que mesmo em uma disputa solo pelo Senado, conseguiu ficar em terceiro lugar com mais de 65 mil votos, vem sendo lembrado por aliados e até mesmo por adversários, como um bom nome para a disputa da prefeitura da capital em 2024.
Adversários
O principal adversário de Jenilson, caso venha a se confirmar sua candidatura, é o atual prefeito Tião Bocalom (PP). É sempre difícil disputar contra a máquina. Outro páreo duro para Jenilson é a ex-colega de partido e ex-prefeita Socorro Neri (PP), que apesar de ter perdido a última eleição municipal -quando ainda estava no PSB- para o próprio Bocalom, se sagrou campeã de votos na última eleição para a Câmara Federal. Um claro recado das urnas de que ela está no páreo.
Confusão interna
O problema é que para Bocalom e Socorro Neri disputarem a prefeitura, um dos dois vai ter que sair do Progressistas. E essa confusão interna pode favorecer Jenilson, que justamente por problemas internos, viu sua candidatura ao Governo e depois ao Senado serem enfraquecidas, apesar do bom resultado nas urnas, o que vai sempre deixar a pulga atrás da orelha de que poderia ter se saído melhor, caso tivesse firmado alianças.
Esquerda
Além de Jenilson, outra candidatura forte que pode vir da esquerda é a do ex-prefeito Marcus Alexandre (PT). Após duas tentativas fracassadas de aliança entre PT e PSB, em 2020 e 2022, fica cada vez mais longe a possibilidade de se unirem em 2024. Há muitas feridas abertas que não devem cicatrizar nem tão cedo.
Cobiçado
O PSD tem tudo pra ser o partido mais cobiçado nesse próximo pleito municipal. A sigla, que tem a vice-prefeita Marfisa Galvão e a vereadora Lene Petecão, deve ser peça chave na montagem das chapas majoritárias em 2024. Para o PSD, há duas claras possibilidades, manter-se no mesmo barco de Bocalom ou mudar de palanque, e aqui arrisco dizer que esse palanque seria o de Jenilson, que mantém uma ótima relação com o líder máximo do partido no Acre, o senador Sérgio Petecão.
Expulsões
Por falar em PSD, o deputado estadual José Luís Tchê (PDT) usou parte do seu discurso na sessão da última terça-feira (18), na Aleac, para sair em defesa da medida do partido de punir os políticos de mandato da sigla que cometeram infidelidade partidária na última eleição. “Fica muito difícil ficar construindo partido e na hora da tomada de decisão, cada um toma uma decisão isolada. Queria, de público mesmo, parabenizar a atitude não só do senador Petecão, mas como toda executiva do PSD, acho que é dessa forma que você valoriza os partidos políticos. É dessa forma que cresce, porque não existe candidatura avulsa. As candidaturas avulsas ainda não foram aprovadas no país. Então, você precisa valorizar os partidos”, defendeu o deputado.
De saída
O ex-governador de São Paulo, João Doria, anunciou ontem, via Twitter, que está de saída do ninho tucano. Eleito prefeito e governador da maior cidade e do maior estado do país pelo PSDB, Doria deixa a sigla após o partido perder o Governo de São Paulo depois de quase três décadas no poder. O 2° turno no estado está sendo disputado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT). Rodrigo Garcia, que era vice de Doria e trocou o DEM pelo PSDB para disputar o governo, era a esperança dos tucanos de se manterem no poder, mas acabou em terceiro lugar no 1° turno.
Cavalo de Tróia
No Twitter, o que mais tem se visto são pessoas acusando Doria de ser um ‘Cavalo de Tróia’ no ninho tucano. Isso porque essas pessoas creditam a Doria o fato do PSDB ter encolhido nessa eleição e não ter conseguido eleger o sucessor ao governo paulista. O ex-governador também é acusado de ter sido o principal motivo para a saída do também ex-governador e seu ex-padrinho político do partido, Geraldo Alckmin, que agora disputa a vice-presidência na chapa de Lula (PT), pelo PSB. “Entrou só pra fazer a bagunça e agora pulou fora, obrigado”, twittou um internauta.
Opções
O ainda deputado estadual Cadmiel Bonfim, que não conseguiu se reeleger na última eleição, já tem no horizonte algumas possibilidades de disputa eleitoral no próximo pleito. Ou tenta uma vaga na Câmara de Vereadores de Rio Branco, ou se arrisca na disputa pela Prefeitura de Feijó. Tem chance em ambas.
Recorde
A entrevista de Lula (PT) no Flow Podcast na noite terça (18), quebrou todos os recordes. O bate-papo superou um milhão de espectadores simultâneos e bateu o recorde de audiência do programa, o mais popular do país no segmento. A antiga marca pertencia a Jair Bolsonaro (PL), adversário do petista no 2° turno da eleição presidencial, que participou do podcast em agosto deste ano.