Posse
A posse do governador reeleito Gladson Cameli (PP) no último dia 1 de janeiro, ainda está dando o que falar. Na solenidade, Gladson tomou posse e deu posse aos seus secretários, entre eles rostos bem conhecidos da política acreana, como o deputado estadual Luiz Tchê (PDT), que assumiu a pasta de Produção e Agronegócio.
Mailza
A vice-governadora Mailza Gomes (PP), que também tomou posse no último domingo (1) é o que se pode chamar de “aliada fiel” na política. Coisa rara nos dias de hoje. Foi 1° suplente de Gladson no Senado, tendo sido titular na metade final do mandato, e agora ocupa praticamente o mesmo cargo de suplência, só que dessa vez no poder Executivo.
Apesar de alguns “desencontros” com o governador na montagem da chapa majoritária na última eleição, no fim mostrou-se, mais uma vez, fiel ao projeto do governador. A única vez em que estiveram em lados opostos – ao menos publicamente-, foi na eleição municipal de 2020, quando Mailza apoiou Bocalom (PP) e Gladson apoiou Socorro Neri, na época no PSB, para a Prefeitura de Rio Branco.
Ausências
Ainda sobre a posse, o evento foi prestigiado por algumas centenas de pessoas, muitas delas, autoridades do estado. A maioria dos deputados estaduais de mandato e eleitos também marcaram presença, mas algumas ausências foram percebidas e geraram algum burburinho.
Indicativo
Dos que não foram à posse, tenho certeza de quatro: o deputado reeleito Edvaldo Magalhães (PCdoB), e os deputados eleitos Eduardo Ribeiro (PSD), Emerson Jarude (MDB) e Michelle Melo (PDT). A ausência pode ser um indicativo de como essa turma pode se portar com relação ao Governo Gladson na Aleac.
Oposição
De oposição mesmo, até agora só Edvaldo Magalhães. O deputado faz parte de um partido de oposição e já declarou publicamente que fará oposição a Gladson no seu próximo mandato, assim como fez na atual legislatura. Por enquanto está sozinho, já que nenhum dos seus colegas de oposição desse mandato estará no próximo. Jenilson (PSB) se candidatou ao Senado, Jonas Lima (PT) não tentou a reeleição e Daniel Zen (PT) não conseguiu se reeleger.
Incógnitas
Os outros três são incógnitas. Ribeiro e Jarude são de partidos que eram aliados de Gladson e foram para a oposição recentemente, e justo para disputar o Governo, quando Petecão disputou pelo PSD e Mara Rocha pelo MDB. Mas na política, ser oposição hoje não significa muita coisa pode mudar com uma conversa. Se for pra apostar, aposto no que se costuma chamar de “mandato independente” para a dupla. Nem oposição, nem situação. Cada um votando com a sua consciência e no que acha melhor.
Dificuldade
Michelle é talvez a que terá mais dificuldade em emplacar uma oposição ou até mesmo independência. Seu partido, o PDT, é um dos principais aliados do governador. Tem uma grande secretaria e quatro cadeiras (contando com a de Michelle) na Aleac, ou seja, sempre estará nas contas do governador na hora de aprovar ou barrar projetos. Se na Câmara Municipal, Michelle conseguiu fazer oposição ferrenha a Bocalom, que também é do Progressistas, na Aleac a coisa muda de figura. É esperar pra ver.
Assume
Por falar no PDT, com a ida de Tchê para o primeiro escalão de Gladson, a sua vaga na Aleac na próxima legislatura será ocupada por Marcus Cavalcante, também do PDT. Marcus é deputado de mandato e não havia conseguido se reeleger, tendo ficado na primeira suplência na chapa do partido, com 5.520 votos.
Na labuta
O ex-governador e atual presidente da Apex, Jorge Viana (PT), postou ontem nas redes sociais que já está na labuta. Na postagem, JV aparece ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ex-deputado federal por São Paulo, Floriano Pesaro, aliado histórico de Alckmin. “Primeiro dia de trabalho com nosso vice-presidente e ministro da Indústria”, escreveu Viana.
Positivo
Perguntei ao presidente regional do PT, Cesário Braga, o que ele achou sobre a nomeação de JV para a Apex e ele se mostrou otimista. “Muito positiva! É um espaço estratégico do governo para fomento ao crescimento econômico”, disse à coluna.
Posse de Lula
Cesário, que esteve em Brasília para ver a posse de Lula, inclusive se encontrou com o ex-governador por lá e com o ex-senador Sibá Machado. O encontro rendeu até foto nas redes sociais. Braga foi para Brasília em uma caravana com outros petistas acreanos. ” Foram 56 companheiros e companheiras”, contou à coluna.