Foi às 19h33 que Samuel Rosa, Lelo Zaneti, Henrique Portugal e Haroldo Ferretti subiram ao palco para tocar juntos pela última vez, neste domingo (26/3).
Ele citou que, em 1991, quando a banda foi criada, a expectativa do quartero era que o grupo duraria, no máximo, três anos.
Samuel anunciou também que o último show da banda vai dar origem a um DVD e elogiou a participação do público. “Tem sido muito legal ao longo da turnê. Hoje estamos gravando um DVD que será um documento final. Final não, eu diria definitivo. A participação de vocês está incrivel. Tenho certeza que as estruturas do Mineirão vão ficar abaladas”, disse.
“Balada do amor inabalável” e “Ela me deixou” foram as seguintes. Antes dessa última, o vocalista disse a escolha era para honrar “o pezinho que a gente (Skank) tem na Jamaica”, referindo-se à primeira fase da carreira do Skank.
Na sequência, ele lembrou que, embora o Skank tivesse feito sua estreia em 1991, com o álbum homônimo, foi somente com “Calango” (1994) que a banda emplacou um hit. “Te ver”, conforme o próprio Samuel disse, “tocou do Oiapoque ao Chuí”.
Numa indireta para a banda britânica Coldplay, que está em turnê pelo Brasil e fez da distribuição de pulseiras high-tech para o público uma característica de suas apresentações, o vocalista do Skank afirmou: “A gente é uma banda raiz, me desculpem, mas não tem pulseirinha”.
E os quatro retornaram momentos depois, abraçados ao mais do que especial convidado da noite de encerramento de suas carreiras: Milton Nascimento. Esse é o primeiro retorno de Milton a uma apresentação pública desde que ele se despediu dos palcos, em 13 de novembro passado, também no Mineirão.
No último show da carreira de Bituca, Samuel Rosa foi um dos convidados a dividir o palco com ele. No último show do Skank, Samuel Rosa disse que Milton “é a razão da nossa existência e de estarmos aqui hoje”. Com a participação de Bituca, a banda tocou “Resposta”.
O público homenageou o convidado com gritos de “Bituca, eu te amo!”. Com muita gente entre o público chorando pela emoção de vê-lo, Milton Nascimento deixou o palco.
O bis seguiu com “Mil acasos”, “Ali”, “Simplesmente”, “O beijo e a reza” e “Baixada news”. Em mais uma comunicação com o público, Samuel Rosa afirmou que o Skank sempre foi uma banda que buscous referências em Minas Gerais e disse notar que a geração mais nova entendeu isso e está voltando os olhos sua cidade e seu local de origem.
Assim como havia anunciado que o show deste domingo geraria um DVD, durante o bis, o vocalista contou para a plateia que a gravação apresentou um problema e teria que ser refeita para as músicas “Sutilmente” e “Mil acasos”. Sendo assim, a banda voltou a cantá-las no bis, quando o show já se aproximava de três horas de duração.