Pimeta: Bittar diz que se existisse balcão de negócios no Congresso, “morreria a míngua”

“É fantasioso dizer que o Governo libera emendas para aprovar seus projetos. O Governo tem a obrigação de liberar, pode atrasar, mas vai liberar”

Márcio Bittar/Agência Senado

Sem negócio

Os jornais e sites de notícias estão divulgado que o Governo Lula está liberando recursos de emendas parlamentares porque foi derrotado na votação do marco legal do saneamento básico. Seria uma forma de ganhar votos de deputados e senadores. Mas, o senador Márcio Bittar (União) diz que não existe mais balcão de negócios. “Hoje as emendas são impositivas, podem demorar, mas o governo tem obrigação de liberar. Balcão de negócios havia quando as emendas não eram impositivas”, argumenta.

Oposição

De acordo com Márcio Bittar, se houvesse balcão de negócios para a liberação de emendas ele morreria à míngua, porque faz um mandato de oposição bastante clara ao Governo Lula. Entretanto, enquanto esteve em Rio Branco, na semana passada, foi contemplado com a liberação de aproximadamente R$ 20 milhões. Os recursos estão sendo destinados para obras em Cruzeiro do Sul, Porto Acre, Plácido de Castro/Acrelândia e para a Fundação Hospitalar do Acre.

Desatenção

Segundo Bittar, a imprensa em geral, grande, média ou pequena, ainda não se deu conta de que o Congresso Nacional e o deputado ou senador atualmente tem muito mais poder sobre o orçamento da União. “É fantasioso dizer que o Governo libera emendas para aprovar seus projetos. O Governo tem a obrigação de liberar, pode atrasar, mas vai liberar”, ressaltou. “Hoje cada deputado tem direito a R$ 250 milhões em emendas ao longo de seu mandato, independentemente de sua ideologia”, completou.

Viral

A internet é implacável. Quem cai na rede não tem por onde escapar. Dois dos médicos que debocharam do quadro de saúde da ministra Marina Silva e foram denunciados pelo Contilnet no domingo, 7, apagaram seus perfis nas redes sociais. Muito tarde, a matéria viralizou e ganhou repercussão internacional. Os prints se multiplicaram feito amebas. Só a ex-secretária de Saúde do governo Jorge Viana, Grace Mônica, mantém seu perfil onde manifesta aberta e orgulhosamente seu estreito vínculo com o bolsonarismo mais radical. Nilton Torrez Chavez e Jorge Lucas da Fonseca desapareceram da rede, por enquanto.

Pai

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Grace Mônica argumenta que não mencionou o nome da ministra Marina Silva, apenas fez menção à eficácia da vacina. Embora médica há 40 anos, ela disse não acreditar na vacina, declarou ser bolsonarista de carteirinha e que o ex-presidente é o melhor pai do mundo.

Ratos

O secular jogo do bicho inventado pelos cariocas tem 25 animais e não inclui a zebra, que passou a se tornar sinônimo de aposta que ninguém acerta. Deu zebra! O escândalo no futebol divulgado nesta quarta-feira, 10, é uma variação mais sutil do que a tática da Máfia da Loteria Esportiva denunciada em 1982 pela revista Placar com direito a um prêmio Esso para o repórter Sergio Martins, falecido em 2013, aos 67 anos. A Máfia manipulava resultados de jogos através de suborno a juízes e jogadores, em vez de apenas lances pontuais como faltas, cartões ou penalidades como no caso recente.

Tacada

A corrupção no futebol sempre fora motivo de especulação, mas só chegou a ser radiografada com precisão através da reportagem da Placar. Uma exemplar história, contada como anedota, ilustra bem como funcionava o esquema: o goleiro Hélio Show, do ABC de Natal, foi cooptado pela Máfia para entregar um jogo. Ele topou, mas como já tinha tomado muito gol, ficou com medo de ganhar fama de frangueiro. Sem poder negar o serviço por ter muito rabo preso, aproveitou um momento de lazer na concentração e quebrou um taco de sinuca na cabeça de seu colega de equipe, Noé Soares. Foi suspenso e escapou do compromisso.

Em campo

Aos 73 anos, o cacique do MDB, Flaviano Melo, recebeu alta de uma pneumonia em estágio inicial e já está se recuperando em casa, nem Brasília. Em breve voltará para apitar o jogo no embate entre os diretórios regional e municipal do partido pela contratação ou não do craque Marcus Alexandre.

Bombril

O prefeito Tião Bocalom está dando um substancial incentivo à cadeia produtiva da marcenaria de Rio Branco com o projeto que denomina de “1001 Dignidades”. O objetivo é entregar 1001 casas populares para famílias de baixa renda e vítimas das alagações, além de camas, mesas e guarda-roupas fabricados nas marcenarias da Capital. Bocalom entende que a cidade tem madeira em abundância, resta aproveitar para ajudar as famílias, bem como para incentivar a produção e gerar emprego no setor.

Aleluia!

Embora seja um dos estados mais evangélicos do Brasil, o Acre está a um passo de se tornar um dos primeiros a autorizar o fornecimento gratuito de medicamentos à base de canabidiol em associação com outras substâncias canabinoides. Em votação nesta quarta-feira, 10, os deputados da Comissão de Constituição e Justiça da Aleac votaram projeto de lei que autoriza o fornecimento gratuito dos medicamentos.

Alucinógeno

Quando a matéria for para votação em plenário, será necessário avisar a bancada da Bíblia que canabidiol não produz o mesmo efeito alucinógeno que a maconha, não se trata de uma droga recreativa, é um óleo que só faz o bem, considerado uma milagrosa terapia para várias doenças para as quais não existe outro tratamento.

Alívio

De autoria do deputado Marcus Cavalcante (PDT), o projeto se refere especificamente aos remédios como “o tetrahidrocanabinol, que serve para o tratamento de pacientes portadores de doenças de espasticidade moderada a grave e que comprovadamente diminui as consequências clínicas e sociais dessas patologias”.

Dádivas

Estudos têm revelado eficiência da substância no tratamento de doenças como dores crônicas, Parkinson, autismo, Alzheimer, depressão e convulsões decorrentes de epilepsia.

SUS

A lei da Aleac está tramitando paralelamente a uma lei federal de autoria do deputado Ricardo Ayres (Republicanos/TO) que cria a política nacional de fornecimento gratuito de medicamentos formulados à base de canabidiol nas unidades de saúde públicas e privadas conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).

CFM

Desde 2016, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já aprovou 25 produtos nacionais com essa substância, além de autorizar o uso de outros 450 importados. “Contudo, embora já haja medicamentos à disposição dos pacientes, e tenha havido uma disseminação na classe médica sobre os benefícios da sua prescrição, inclusive levando o Conselho Federal de Medicina a rever posições conservadoras, os medicamentos, por terem a sua produção autorizada em regra apenas no exterior, têm elevado custo, tornando-se proibitivos para milhares e milhares de pacientes”, argumenta o projeto de Ayres.

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