Relatório Focus, que resume as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação, nesta segunda-feira (21) com a análise do mercado financeiro pelo Banco Central (BC), traz as estimativas para a inflação em 2023. De acordo com o relatório, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 5,8% – a projeção da semana passada era de 6,03%.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aponta que a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.
O BC reduziu a estimativa de inflação para 2024, de 4,15% para 4,13%. Para 2025, a projeção foi mantida em 4%. Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro manteve a estimativa para o fim de 2023 em 12,5% ao ano. Para 2024, a projeção continua em 10% ao ano.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic foi mantida em 13,75% ao ano. A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.
O mesmo relatório da Focus informa que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2023 deve ter crescimento de 1,20%, acima da projeção da semana anterior (1,02%). Já para 2024, a previsão de crescimento da economia brasileira caiu de 1,38% para 1,3%. Em 2025, a estimativa foi mantida em 1,7%. As mesmas análises reduziram a projeção para o dólar em 2023, de R$ 5,20 para R$ 5,15. Para 2024, a estimativa segue em R$ 5,20.