Rio Acre atinge a maior seca da história no mês de novembro

O Acre faz parte dos oitos estados da Região Norte e Nordeste que enfrentam a pior seca desde 1980

O Rio Acre, em Rio Branco, iniciou o mês de novembro atingindo uma cota histórica: marcou nesta quarta-feira (1), a a pior cota já registrada em um primeiro dia do mês de novembro, 1,42 metros.

Seca deve ser ainda mais severa em 2024. Foto: Juan Diaz/ContilNet

O Acre faz parte dos oitos estados da Região Norte e Nordeste que enfrentam a pior seca desde 1980, por causa da falta de chuvas. O cenário extremo está estritamente ligado ao fenômeno El Niño, que está atípico em 2023.

Embora tenha registrado o recorde, a Defesa Civil Municipal acredita que a seca não deverá se agravar mais nos próximos dias.

“Alcançamos a menor cota já registrada em um dia 1º de novembro, mas, mesmo estando apenas 17 centímetros de diferença, acreditamos que não baixe tanto a ponto de alcançar a cota mínima histórica”, disse o coordenador da Defesa  Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão.

No dia 24 de outubro, o Rio já havia registrado a menor cota do ano, quando marcou 1,44m. A cota fica próxima da marca histórica do ano passado, quando o rio marcou 1,25 metros em outubro.

Previsão para 2024

Um período mais seco que o normal já era aguardado para a região amazônica. Sempre que ocorre o fenômeno conhecido como El Niño – quando as águas do Oceano Pacífico ao longo da linha do Equador ficam mais quentes –, o transporte de umidade pelo ar para a Amazônia e o Nordeste é prejudicado. Apesar de prever antecipadamente a chegada do El Niño, o que os pesquisadores e cientistas não podiam prever era intensidade do fenômeno.

Em conversa com a reportagem do ContilNet, o coordenador da Defesa Civil, Cláudio Falcão alerta para a previsão de seca ainda mais severa em 2024. “Além dessa seca prolongada que temos agora em 2023, infelizmente a previsão que nós temos para o ano que vem é de uma seca mais prolongada e mais severa”, revelou.

Cláudio Falcão explicou que o estado precisa está preparado para enfrentar a situação. “A gente tem que se preparar para que venha o pior, mesmo que ele não venha, mas temos que está preparado para enfrentar essas secas mais severas a partir de agora”, ressaltou, explicando que a previsão se dará em virtude da região ainda está sob os efeitos do El Niño.

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