Pedro Pascoal anuncia 1ª cirurgia cardíaca infantil no Acre, novo concurso e obras para 2024

O secretário anunciou a retomada da reforma do Hospital da Criança, em Rio Branco

A Saúde é uma das pastas mais importantes dentro de uma gestão, seja ela nacional, estadual ou municipal. Na série de entrevistas especiais de fim de ano, o ContilNet conversou com o gestor de uma das maiores pastas do Acre, o médico Pedro Pascoal, da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).

Dentre os destaques da gestão, o secretário ressaltou os desafios diários em comandar a Saúde do Acre, mas disse que os quatro anos em que esteve à frente do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Acre, garantiu experiência para o trabalho que faz atualmente.

“Eu não posso deixar de frisar que o mérito não é só meu, é de toda minha equipe. O governador sempre muito presente em nossas reuniões, sempre orientando no que deve ser feito. A equipe sempre muito unida, então assim eu não construo nada sozinho, isso tudo é resultado de uma equipe. Sei que tem muita coisa a ser feita, mas estamos aqui para isso, tem mais três anos para construir algo mais sólido que a população sinta lá na ponta a nossa vontade de fazer diferente”, disse o gestor.

Secretário de Saúde Pedro Pascoal/Foto: Juan Diaz/ContilNet

Ao falar sobre o ano em que esteve à frente da pasta, Pedro Pascoal relembrou a defesa da regionalização, ou seja, tirar parte da demanda do Pronto-Socorro de Rio Branco. Com isso, o secretário defende que cirurgias, exames e consultas sejam feitas no município em que o paciente reside, sem que seja necessário trazê-lo para a capital.

“Nós tínhamos uma característica do Pronto-Socorro, que ele absorvia toda a demanda do estado, da Bolívia, do Peru, Rondônia e Amazonas. E hoje essa realidade está numa tendência de mudança. Nós ativamos centro cirúrgicos nos interiores, levamos os pacientes para serem operados lá, tentamos não trazer o paciente para capital para a realização de exames e consultas e nós tivemos um recorde de cirurgias eletivas e destaque nacional como primeiro lugar em taxa de expansão de cirurgias”, explicou.

Além disso, Pascoal falou sobre a entrega de cadeiras de rodas confeccionadas de forma individualizada para os pacientes que estavam na fila para receber as cadeiras. “Ela foi confeccionada para o porte físico daquele paciente, se a deficiência era na mão direita, a manopla da cadeira foi confeccionada e construída para a mão esquerda. Essa é a diferença com os outros governos, que não tínhamos entrega de cadeiras de rodas motorizadas”, disse.

Mazinho foi um dos primeiros a receber a cadeira de rodas motorizada/Foto: Marcos Vicentti/Secom

Questionado sobre a curta paralisação do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), em que o paciente precisa viajar para outro estado, o secretário falou sobre as cirurgias cardíacas pediátricas, em que o paciente era levado por UTI aérea e tinha custos elevados para o Estado. “Tínhamos toda uma ajuda de custo para um familiar que ficava ali naquela angústia, sabendo se o filho ia ser bem tratado. Hoje nós realizamos cirurgias cardíacas pediátricas aqui em Rio Branco. A primeira cirurgia cardio pediatra da Maternidade vai acontecer essa semana e isso para mim é muito satisfatório”, diz.

Concursos

Em 2023, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) convocou mais 540 profissionais de todas as áreas, além dos candidatos do cadastro de reserva do concurso. 

“No primeiro momento foram empossados 540 profissionais, em diversas áreas, e paralelo a isso fizemos todo um trabalho para nós conseguíssemos chamar aqueles que passaram no cadastro de reserva. Nós sabíamos que a situação financeira do estado poderia colocar em cheque a posse desses profissionais, então envolvemos a PGE e o TCE. Nós estamos encaminhando para o chamamento de mais de 448 profissionais, primeiro momento são 300 e alguma coisa e posteriormente serão 125 profissionais”, disse.

Secretário de Saúde, Pedro Pascoal, durante posse dos novos profissionais/Foto: Marcos Vicentti/Secom

Além disso, na primeira quinzena de janeiro de 2024 terá a publicação de um edital de concurso simplificado para mais de 900 vagas. Ele é temporário, durando 2 anos e podendo ser renovado pelo mesmo período, com todas as áreas contempladas.

Dengue e Covid-19

O secretário também falou sobre a chegada das chuvas, que também trazem o aumento significativo dessas doenças. “Nós já sabemos que existe um período pré-definido da sazonalidade da dengue. Nós tivemos a estiagem e as chuvas chegaram há dias atrás e isso contribuiu. Nós tivemos um aumento nesse período de 106% no número de casos, estamos falando em média de 5.445 casos suspeitos, 3.755 casos notificados, ou seja, confirmados, e 29 pacientes em estado grave. Graças a Deus não perdemos ninguém. Não tivemos óbitos. A equipe de emergência estava preparada para conduzir”, disse.

Além disso, o secretário afirmou que a população tem papel importante no combate à Dengue, com os cuidados com águas empossadas e limpeza dos locais que podem ser criadouros de larvas do mosquito da dengue.

O secretário também falou sobre o aumento dos casos de síndrome respiratória e afirmou que a doença não se desenvolve de forma grave graças à vacinação, que está disponível de forma gratuita nos postos de saúde nos municípios.

Obras em 2024

Pedro Pascoal também falou sobre as obras para 2024, como a nova maternidade, que já está em andamento. Além disso, o secretário também falou sobre a retomada da reforma do Hospital da Criança, já pensando no período de sazonalidade da síndrome respiratória entre as crianças. “Pontuamos para a população que estamos monitorando caso a caso, que a equipe está pronta para o momento em que houver a necessidade de abertura de novos leitos e toda a equipe vai estar de prontidão, assumindo seus postos, não só na capital, mas nos interiores”, disse.

Obras da nova maternidade ocorrem de forma célere, na capital/Foto: Pedro Devani/Secom

Retrospectiva

O gestor finalizou a entrevista agradecendo ao governador do Acre, Gladson Cameli, por ter confiado a pasta e agradeceu ainda a população pela confiança. “Nós temos muito mais a ser feito, nós temos mais três anos para trabalhar o ano que vem, existe todo um movimento para que a gente consiga captar recursos e assim entregar mais resultados. O recado que eu tenho para dar é que amanhã eu vou estar lá embaixo atendendo, no Samu, ou em outro lugar que tenha necessidade e eu quero ter condições de trabalhar”, afirmou.

Veja entrevista na íntegra:

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