Miss Acre trans diz que foi expulsa de banheiro feminino em bar e expõe caso nas redes

Allana contou que para ir à delegacia teve todo suporte da Secretaria de Estado da Mulher (Semulher)

A Miss Internacional Queen Brazil Acre, Allana Rodrigues utilizou suas redes sociais na manhã deste sábado (20) para relatar um caso de transfobia, no qual ela foi expulsa do banheiro feminino de um bar, em Rio Branco, por um segurança. O caso aconteceu no dia 12 de janeiro.

Allana conta que buscou a melhor forma de expor a situação e que o caso serve de alerta para outras mulheres. Ela contou como ocorreu a situação.

Allana Rodrigues registrou um Boletim de Ocorrência contra o crime sofrido/ Foto: Reprodução

“Ele pediu que eu me retirasse do banheiro e eu questionei, e ele simplesmente disse que eu não podia usar. Eu simplesmente saí do banheiro, peguei minha bolsa e disse para os meus amigos que eu queria ir embora, porque naquele momento eu só queria vir para casa, nada mais me importava”, lembra.

Ela relatou que seus amigos e outras pessoas que estavam na mesa do bar junto dela resolveram questionar o segurança, e todos foram expulsos do bar. “A gente não tem razão, não tem direito, não tem nada. Nesse momento é só a equipe de segurança que importa e pronto”, destacou.

A miss registrou um Boletim de Ocorrência no dia seguinte ao acontecido e revelou que teve muito medo diante da situação. “Eu confesso para vocês que eu tive muito medo. Eu chorava muito, porque estava com muito medo. Para eu chegar à delegacia eu tive todo suporte da Secretaria de Estado da Mulher (Semulher)”, explicou.

Allana concluiu alertando as mulheres sobre a importância de não se calar diante de situações como a que vivenciou. “Você mulher que passa por traumas, que sofre doméstica, psicológica, violência de todas as formas, procure a Secretaria de Estado da Mulher, que lá você vai ter todo o suporte necessário que você precisa”, ressaltou.

O Supremo Tribunal Federal determinou que atos de homofobia e transfobia contra indivíduos sejam enquadrados como crime de injúria racial. Os crimes dessa natureza são inafiançáveis e não prescrevem. A pena é de dois a cinco anos de prisão.

Veja o relato de Allana:

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