Jovem que foi embora do Acre para ser jogador de futebol é morto em GO; mãe diz que foi por engano

Kayky teria dito que iria dividir apartamento com um rapaz do Pará

Dona Maria Vanderleia Farias Gomes, mãe do jovem Kayky Farias de Castro, 19 anos, morto na última sexta-feira (16), no setor Marechal Rondon, em Goiânia, acusa policiais do Grupamento de Intervenções Rápidas Ostensivas (Giro), após terem invadido o apartamento de Kayky.

Segundo Maria Vanderleia, o filho teria ido embora pra Goiânia em busca de realizar o sonho de ser jogador de futebol. No entanto, mas acabou tornando-se barbeiro. “A gente ajudava ele, pagando aluguel, mas de uns tempos para cá ele já estava se sustentando sozinho com o trabalho. Ele tinha uma vida normal, me ligava dizendo que estava fazendo marmita para levar para o trabalho, era um menino bom”, disse a mãe do jovem.

De acordo com Maria Vanderleia, há alguns dias Kayky teria dito que iria dividir apartamento com um rapaz do Pará, e embora ela não concordasse, o filho insistiu. Além disso, ele teria saído do trabalho há poucos dias e começado a atender os clientes a domicílio.

Foto: redes sociais

Vanderleia conta que o filho estava se arrumando para ir fazer o cabelo de um rapaz, quando foi surpreendido pelos policiais. Segundo a família, antes dos militares irem até Kaiky, eles teriam ido na casa desse cliente, em busca de informações sobre o jovem.

“Meu filho estava sozinho em casa quando a polícia invadiu. Lá tinha uma mochila com telefones roubados, pelo que disseram. Meu filho era muito inteligente, tenho certeza que, mesmo que ele tenha feito um ato como esse, ele sabe que telefone vai ser rastreado”, disse a mãe.

Segundo Vanderleia, quando o tio de Kayky chegou no local do crime, o policial colocou alguns áudios para ele escutar, na intenção de dizer que Kayky estaria envolvido em crimes. “O policial colocou o tio dele para ouvir uns áudios que, segundo eles, seriam do Kaiky arquitetando [crimes] e quando ele ouviu, disse que não era a voz do sobrinho”.

A mãe de Kayky pede justiça diante do ocorrido, e espera que os responsáveis sejam punidos. “Nunca pensei que isso fosse acontecer comigo, com meu filho”, diz Vanderleia.

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