No último mês o Progressistas havia oficializado o nome de Joelso Pontes como candidato a prefeito em Brasileia. A deputada federal Socorro Neri comandou as articulações em prol da candidatura dele. O partido, inclusive, chegou a realizar uma festa para anunciar a pré-candidatura de Joelso. Porém, o governador Gladson Cameli, que preside o partido no Acre, interviu na decisão e causou uma reviravolta dentro do partido. O chefe do Poder Executivo convidou a atual prefeita do município, Fernanda Hassem, a se filiar ao partido e de quebra, puxou o atual vice-prefeito Carlinhos do Pelado e a candidata do grupo de Hassem, Suly Guimarães, escolhida como sucessora. Os três serão filiados ao partido na próxima semana, como divulgado com exclusividade pela coluna.
Mal-estar
Com a filiação dos três, o governador deixou claro: Suly Guimarães é a pré-candidata do Progressistas, rifando a candidatura de Joelso Pontes, que tinha o apoio de Socorro Neri e da vice-governadora Mailza Assis.
A decisão de Gladson causou um mal-estar dentro do partido. A coluna teve acesso a uma nota enviada por Socorro Neri em um grupo de apoiadores e membros do Progressistas.
Na mensagem, a deputada diz que o partido retirou de ‘supetão’ a candidatura de um membro leal do Progressistas, se referindo a Joelso Pontes. Neri foi além, e fez duras críticas a decisão do partido de escolher Suly nos últimos minutos.
“Seria motivo de festa se esse ato de filiação não representasse o coroamento de um ato autoritário e de grande desrespeito àqueles que no sol e na chuva mantém o Progressistas vivo nos municípios”, escreveu deputada.
Ao final da nota, Neri teria chamado a decisão de injusta e avisado que não iria participar da festa de filiação de Fernanda e Suly. “Meu respeito e solidariedade ao Joelso e ao Dr. Edson e a todos os progressistas de Brasiléia”.
Deixou claro
A decisão de Gladson não surpreende. Todos sabemos que o governador surpreende nas decisões tomadas de última hora.
Já é conhecido
O mesmo aconteceu com Socorro Neri. Em 2020, Gladson contrariou o partido e decidiu apoiar a então prefeita de Rio Branco à reeleição, ao invés do candidato do Progressistas, Tião Bocalom.
A última palavra é dele
O caminho escolhido por Gladson só confirma: ele é a última voz ouvida dentro do partido. Parte do governador a decisão final, acatada por todos os membros. O que ele disser, é o que vai acontecer.