27 de abril de 2024

TJSP devolve passaporte de Cariani para viagens a trabalho no exterior

A pedido da defesa, Justiça de São Paulo cassou apreensão de passaporte e autorizou Renato Cariani a viajar para o exterior a trabalho

Justiça de São Paulo cassou a decisão que apreendeu o passaporte de Renato Cariani, de 47 anos, e autorizou o influencer fitness, que é réu por tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro, a viajar “a trabalho” para o exterior.

A decisão dos desembargadores da 6ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) permite que Cariani faça viagens para fora do país mediante aviso com, no mínimo, 15 dias de antecedência. Além disso, o influencer deve apresentar à Justiça paulista as passagens de ida e volta da viagem.

Renato Cariani posa, sorridente, sem blusa e de óculos escuros - Metrópoles

Instagram/Reprodução

O pedido de devolução do passaporte foi feito pela equipe do advogado José Eduardo Cardozo, que foi ministro da Justiça no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016) e se juntou ao time de defesa do influencer na ação penal que tramita na 3ª Vara Criminal da Comarca de Diadema.

Eles alegaram que a manutenção da apreensão do passaporte desde o fim do ano passado causava “constrangimento ilegal” e apresentaram à Justiça um convite que Cariani recebeu para participar de um evento sobre mercado digital na África do Sul, na próxima semana.

Em seu voto, o desembargador Marcos Correa, relator do processo, afirma que a retenção do passaporte de Cariani “interfere de maneira diferenciada em sua liberdade” e “compromete de modo significativo sua capacidade de auferir renda”, o que, “além de comprometer sua subsistência”, pode “inviabilizar o pagamento de eventual pena pecuniária” em caso de condenação.

Cariani e outras quatro pessoas que trabalhavam com ele foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por supostamente desviarem substâncias químicas da empresa dele, a Anidrol, que fica em Diadema, no ABC paulista, para a produção de drogas.

Eles são acusados de fazer 60 transações dissimuladas de produtos químicos para produzir até 15 toneladas de cocaína e crack. Amigo e parceiro de negócios de Cariani, o empresário Fábio Spinola é apontado pela Polícia Federal (PF) como o elo do influencer com o tráfico de drogas. Cariani nega as acusações.

Como revelou o Metrópoles, uma outra investigação conduzida pelo MPSP encontrou, em 2020, um Porsche em nome de Spinola na garagem de um imóvel que pertenceria a Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, ex-líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas ruas.

Ao Metrópoles, o advogado José Eduardo Cardozo afirma “estar convencido de que ele [Cariani] está sendo uma verdadeira vítima de um processo em que ilações infundadas têm prevalecido sobre a existência de provas”.

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