28 de maio de 2024

Pimenta: a terceira via que pode definir o futuro da disputa pela Prefeitura de Rio Branco

Eleição pode ser decidida levando em consideração a porcentagem de votos que o deputado terá

O deputado estadual Emerson Jarude é um dos três candidatos que vão disputar a Prefeitura de Rio Branco nas eleições deste ano. Com uma candidatura puro sangue do NOVO, Jarude se apresenta como uma terceira via, se apegando ao discurso de ser uma alternativa para os eleitores que não querem votar no atual prefeito, Tião Bocalom, nem no ex-prefeito, Marcus Alexandre. E é justamente essa ala do eleitorado que pode decidir se a eleição será sacramentada no primeiro turno ou deverá se arrastar para um segundo turno. Tudo isso vai depender da porcentagem de votos que Jarude tirar.

Deputado Emerson Jarude/Foto: Juan Diaz/ContilNet

Com apenas três candidatos disputando o cargo em uma eleição totalmente polarizada, a candidatura do deputado será decisiva. Basta lembrar na eleição estadual de 2010, quando Tião Viana foi eleito governador com 50,51% dos votos. Naquela eleição, ele disputava o cargo com apenas outros dois candidatos: Tião Bocalom (49,18%) e Tijolinho (0,13%). Esse foi um claro cenário que prova que o número de votos da ‘terceira via’ é crucial em uma eleição com apenas 3 candidatos. Se naquele pleito Tijolinho tivesse tirado mais alguns votos, a decisão teria ido para o 2º turno e o resultado poderia ter sido outro. Tião venceu Bocalom por menos de 500 votos.

Não se ganha sozinho

Jarude tem boas intenções. Cumpre bem o seu papel na Aleac em ser um parlamentar de Oposição. Mas ele peca na construção de alianças políticas. Uma eleição majoritária não se ganha se isolando. Dificilmente o eleitor compra a ideia de uma candidatura puro sangue. É um jogo que não se ganha sozinho.

O Velho Boca sabe

Prova disso é o prefeito Tião Bocalom. Na primeira eleição que concorreu em 2020, disputou apenas com o PSD, do senador Sérgio Petecão. Agora, deve disputar a reeleição com uma coligação de pelo menos 8 partidos. Só a vinda de Alysson Bestene como vice trouxe 4: PP, PDT, Podemos e PSDB.

“Fico feliz em conseguir unir toda a direita do Acre nesse projeto”, disse Bocalom a coluna.

A volta da Frente Popular?

Já nas outras candidaturas, os dois candidatos começam a fortalecer as alianças. A chapa de Marcus Alexandre, por exemplo, terá 10 partidos aliados. Vai disputar as eleições como a maior coligação.

Incógnitas

A eleição de Rio Branco poderá ser facilmente lembrada como o pleito das incógnitas. Por exemplo, até agora não se sabe qual será o caminho do Republicanos, partido que tem dois deputados federais: Antônia Lúcia e Roberto Duarte, além de dois deputados estaduais.

Sem opções

Outra dúvida paira sobre a cabeça da deputada federal Socorro Neri. Após o racha causado dentro do Progressistas, qual será o caminho que a ex-prefeita deverá seguir? Não irá apoiar a reeleição de Bocalom, muito menos a de Marcus Alexandre. Com Jarude não tem relacionamento nenhum. Inclusive, enquanto era vereador, o parlamentar fez parte do bloco de oposição a prefeita.

2026 vem aí …

A decisão de Socorro Neri também deve refletir nas eleições de 2026. Mesmo com um mandato extremamente coeso, a deputada pode enfrentar uma reeleição difícil se disputar o pleito fora das asas do Progressistas e do governador Gladson Cameli, principal defensor da candidatura dela em 2020 (a prefeita) e em 2022 (a deputada federal).

A volta?

Alguns dizem que o MDB de Flaviano Melo estaria de olho na deputada Socorro Neri após as críticas dela à Executiva do Progressistas. A deputada já fez parte do partido. Seria a volta dela a sede Ulysses Guimarães?

Baque no PP

Ainda falando sobre a deputada, ela tinha razão ao dizer que se o Progressistas não tiver um candidato majoritário a prefeito, atrapalha e muito a chapa de vereadores do partido. Sem Alysson como candidato principal, o Progressistas vai sofrer um baque na queda de votos da legenda e enfraquecer a chapa de vereadores, que é a mais forte das eleições.

Vem forte!

Por outro lado, o PL, partido de Bocalom, é o que mais vai se beneficiar. Na lista de candidatos, além de 3 vereadores já com mandatos, o partido tem nomes fortes que irão disputar de igual para igual as cadeiras. É o caso de dois ex-secretários do prefeito: Sheila Andrade e Joabe Lira.

Balde de água fria

A união Alysson e Bocalom foi como um balde de água fria na cabeça do deputado Tanízio Sá, que era o principal articulador do MDB, dentro da base de Gladson, que lutava pela chapa Marcus/Alysson.

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