Gladson decide reunir prefeitos para tratar de seca extrema que ameaça o Acre em 2024

Gladson revelou ainda que deve manter conversas com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva

O governador Gladson Cameli disse em entrevista exclusiva ao ContilNet que na próxima semana deverá organizar uma reunião conjunta com todos os prefeitos do Acre.

No ano passado, Gladson decretou situação de emergência por conta de uma das secas mais severas/Foto: Neto Lucena

A pauta em questão será as mudanças climáticas e a seca extrema prevista para 2024. O Rio Acre, por exemplo, tem atingido as menores cotas para o mês de maio, segundo os dados da Defesa Civil Municipal. A possível seca virou é vista como “preocupante” pelos especialistas.

O governador também deve abordar o plano de enfrentamento para as próximas cheias dos rios no estado. Neste ano, o nível do Rio Acre na capital atingiu a segunda maior cota histórica desde 1971 e alertou para o nível atual do rio.

“Vamos reunir todos os prefeitos para tratar da seca e mostrar que o governo também já está se precavendo para enfrentar as cheias”, disse o governador.

Gladson revelou ainda que deve manter conversas com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, além de outros ministros do governo Lula, para sobre o assunto. Esses encontros também devem ter a participação dos deputados das bancadas federal e estadual do Acre.

“Iremos pedir apoio. Ninguém vai dizer que não fizemos nada ou ficamos esperando o problema vir e ficamos olhando de cara para cima”, completou.

Governo prepara plano de contingência

Prevendo uma seca histórica para 2024, a Defesa Civil do Estado começou as primeiras reuniões de monitoramento do nível da bacia e percebeu que as cotas registradas foram as menores dos últimos 10 anos.

Especialistas esperam uma das secas mais severas da história/Foto: Pedro Devani

O coordenador da pasta, coronel Carlos Batista disse que houve uma educação de 49% na bacia do Acre.

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“Principalmente na região de Rio Branco, o que fez com que o nível do rio continuasse muito baixo; e a tendência para o mês de junho é que continuem baixas”, disse.

Com uma previsão nada otimista, a Defesa Civil anunciou um plano de contingência para enfrentar a estiagem nos próximos meses.

Cenário difícil

No início de 2023, cinco municípios, incluindo a capital Rio Branco, decretaram situação de emergência em decorrência das inundações. Em seguida, devido ao fenômeno conhecido por El Niño, o governo do Estado promulgou o Decreto n° 11.338, declarando a existência de circunstância anormal, caracterizada como situação de emergência, por conta de uma das secas mais severas, que atingiu os 22 municípios do estado.

Em março de 2024, o governador Gladson Cameli decretou emergência em 19 dos 22 municípios devido às enchentes, que em três municípios apresentaram cotas históricas: o Rio Tarauacá, no Jordão; o Rio Purus, em Santa Rosa do Purus; e em Brasileia. Na capital, ocorreu a segunda maior inundação já registrada, onde mais de 140.000 pessoas foram afetadas.

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