Maduro deleta WhatsApp ao vivo e faz campanha contra o app na Venezuela

Em um programa publicado nas redes sociais do político e exibido na televisão local, ele até ensinou a audiência a desinstalar o aplicativo

Em crise política após a contestação do resultado eleitoral que supostamente o elegeu para mais um mandato, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou o mensageiro WhatsApp. Em um programa publicado nas redes sociais do político e exibido na televisão local, ele até ensinou a audiência a desinstalar o aplicativo.

Imagem: Nicolás Maduro/YouTube

Em um determinado momento do vídeo, Maduro pede um smartphone — que parece ser um modelo da fabricante chinesa Huawei, atualmente banida dos Estados Unidos — e abre o aplicativo. Ele em seguida faz o passo a passo para desinstalá-lo do celular com Android, instruindo os apoiadores a fazerem o mesmo.

Segundo o presidente, a plataforma seria supostamente utilizada por adversários políticos para prejudicar a população da Venezuela. Maduro chega a citar também que deixar de usar o aplicativo é não ser “voluntário” do serviço e nem estar nas mãos de grupos como o narcotráfico colombiano, traidores e o império norte-americano.

Maduro é crítico de grandes corporações

No lugar do serviço, Maduro propõe a utilização de dois concorrentes do mensageiro da Meta: o WeChat, serviço da China mantido pela Tencent, e o Telegram, app de origem russa e principal rival global do WhatsApp. “Estou em paz, livre do WhatsApp. (…) Querem paz? Eliminem o WhatsApp“, diz o político ao tirar o app do celular.

Em processo de contestação do resultado por entidades internacionais e países vizinhos, Maduro também já atacou o bilionário Elon Musk. Em um discurso dias antes, o presidente chamou o empresário para lutar e acusou o dono da Tesla e da rede social X de ser uma das pessoas por trás dos problemas ocorridos nas eleições presidenciais que aconteceram em 28 de julho.

Além disso, no começo de agosto, o exército da Venezuela passou por um vazamento de mais de 1 milhão de dados de oficiais. Uma segunda invasão obteve ainda mais informações sobre funcionários público do país.

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