Carlos Lima Costa, de 38 anos, é um dos catadores de latinhas que marcam presença na Expoacre 2024. Sua trajetória no mundo da reciclagem começou há cerca de quatro anos, após enfrentar uma depressão e precisar de uma nova fonte de renda.
“Eu sou metalúrgico, mas me tornei catador depois de uma depressão. Precisava de dinheiro e a reciclagem se tornou meu trabalho”, explicou Carlos.
Apesar de já ter concluído a faculdade de Ciências Contábeis, Carlos viu na reciclagem não apenas uma forma de sustento, mas também um meio de passar o tempo e manter-se ativo.
“O evento [a Expoacre] pra mim chega como uma rica oportunidade de eu poder continuar meu empreendimento. Eu sou um catador. Geralmente o lixo é uma coisa desprezada, mas tem coisa importante no lixo. Já achei computador, celular, caixa de joias, muitas coisas fora”, contou.
Carlos também fala sobre a importância de não julgar as pessoas pela aparência e como o preconceito é comum no seu trabalho.
“É comum o preconceito, porque geralmente as pessoas não têm uma boa identidade com quem anda de figurado, a aparência conta muito. A primeira impressão é sempre a que fica. A mensagem que eu deixo é para as pessoas não olharem muito pra aparência e sim para o fruto que aquela pessoa produz, a maneira dela se comportar, isso vai dizer tudo sobre ela”, afirmou.
Ele também cita um ensinamento de Jesus Cristo, que carrega consigo em sua jornada.
“Jesus Cristo dizia, deixai cair as espigas umas com as outras para que as pessoas que venham atrás catem. Ele estava dizendo para não jogar comida fora porque tem alguém passando fome e vai aproveitar o que está aí”, compartilhou Carlos.
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