Uma comitiva do Acre representa o estado na COP 29 em Baku, no Azerbaijão. Em um painel chamado “A experiência do Estado do Acre na implementação e captação de recursos de Redd+”, foi evidenciado as lições aprendidas e as experiências desde o processo de construção participativa do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais (Sisa), que aconteceu em 2010, até a implementação do primeiro programa de RDD+, que está em execução no estado desde 2012.
O painel reuniu diversos representantes como gestores das secretarias de Meio Ambiente e de Povos Indígenas, do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC) e da coordenação do Programa REM.
Segundo a Agência de Notícias do Acre, a primeira transação financeira do Sisa se deu pelo Programa ISA Carbono. A primeira transação foi o Programa Global REDD Early Movers, financiado com recursos do Banco de Desenvolvimento da Alemanha.
A secretária de Povos Indígenas, Francisca Arara, disse que o sistema é construído por muitas mãos e com participação ativa dos povos indígenas. “Trata-se de uma política pública que respeita os nossos territórios e o nosso jeito de ser. Somos nós que falamos por nós e isso tem sido respeitado. Esse trabalho tem que continuar com união e inclusão social. Em breve, o governo do Acre fará uma escuta para ouvir o que os povos da floresta pensam sobre as prioridades na distribuição de recursos vindos da venda futura desses créditos de carbono”, disse, segundo a Agência de Notícias do Acre.
“Os recursos estão sendo otimizados, mas ainda não são suficientes. A implementação do REM acontece de acordo com a Lei do Sisa. O programa começou em 2012 e gerou uma redução significante de emissões de carbono para o estado. Nosso maior compromisso é fazer com que esses projetos possam contribuir para a melhoria de vida e a valorização dos povos indígenas, comunidades extrativistas, ribeirinhas e da produção familiar”, disse a coordenadora-geral do Programa REM Acre, Marta Azevedo.