Acre tem a segunda maior taxa de falta de pagamento de condomínio no Brasil; entenda

A pesquisa foi realizada ao longo de 11 meses e reflete dados coletados de mais de 4 mil condomínios

A startup uCondo, especializada em gestão de condomínios, realizou levantamento que aponta o Acre com a segunda maior taxa de inadimplência condominial no Brasil,. O percentual de inadimplência acima de 30 dias no estado chega a 26,03%.

O estado de Alagoas lidera o ranking com 28,09%/Foto: Reprodução/TV Vanguarda

O estado de Alagoas lidera o ranking com 28,09%, enquanto o Amapá aparece em terceiro lugar, com 21,43%. A média nacional de inadimplência é de 13,07%. O Espírito Santo ocupa a última posição entre os estados analisados, com uma taxa de 13,92%.

A pesquisa foi realizada ao longo de 11 meses e reflete dados coletados de mais de 4 mil condomínios, que representam cerca de 400 mil moradores atendidos pela plataforma. O índice de inadimplência no Brasil está associado a um cenário mais amplo de endividamento, segundo Marcus Nobre, CEO da uCondo. Ele destaca que, em situações de dificuldades financeiras, contas essenciais como luz, água e gás são priorizadas, enquanto as taxas condominiais são adiadas.

A startup estima que a inadimplência acima de 30 dias deve alcançar 14% até o final deste ano, um aumento em relação aos 10,34% registrados em 2023.

Entre os fatores que contribuem para a alta inadimplência, Nobre aponta a falta de comunicação entre síndicos e moradores, a ausência de políticas claras de cobrança e a inexistência de incentivos para pagamento em dia.

Para reduzir a inadimplência, especialistas sugerem medidas como:

Comunicação clara: informar prazos, multas e juros de forma frequente aos moradores;

Política de cobrança: estabelecer procedimentos definidos para lidar com atrasos;

Incentivo ao pagamento antecipado: oferecer descontos ou vantagens a quem quitar as taxas antes do vencimento;

Engajamento dos moradores: incentivar a participação em assembleias e reuniões;

Negociação: buscar alternativas como parcelamentos antes de ações judiciais;

Redução de despesas: revisar contratos e adotar medidas de economia nas áreas comuns.

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