“Eu acho dificílimo. A Fernandinha [Torres] mais difícil”. É dessa forma que o escritor e autor do livro que deu origem ao filme “Ainda Estou Aqui”, Marcelo Rubens Paiva, define as chances do longa e da protagonista no Oscar.
Entrevistado pelo Roda Viva (Cultura) na noite de segunda (23), ele opinou sobre os desafios de ter um longa brasileiro na premiação diante de obras e estrelas de Hollywood. Dentre as atrizes cotadas estão nomes como Demi Moore, Nicole Kidman, Angelina Jolie e Tilda Swinton.
“São atrizes absurdamente geniais e fantásticas, são as melhores atrizes de Hollywood, que já ganharam Oscars inclusive. Tomara que Hollywood dê uma rasteira no óbvio”, disse.
Na entrevista, Paiva também revelou a primeira coisa que disse para Fernanda Torres, que na obra vive Eunice, após assistir ao filme pela primeira vez. “‘Eu te amo’. Eu chorei que nem uma viúva italiana”, brincou.
O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” foi incluído na lista de pré-indicados à 97ª edição do Oscar. O longa-metragem dirigido por Walter Salles aparece entre as produções que continuam na disputa do prêmio de melhor filme internacional.
“Ainda Estou Aqui” e o Brasil disputam, agora, uma das cinco vagas de indicados com Canadá, República Tcheca, Dinamarca, França, Alemanha, Islândia, Irlanda, Itália, Letônia, Noruega, Palestina, Senegal, Tailândia e Reino Unido.
Esta é a primeira vez que um filme brasileiro aparece neste estágio da premiação desde 2008, quando “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”, de Cao Hamburger, foi incluído entre os pré-selecionados de filme estrangeiro, como a categoria era chamada anteriormente.
A lista de indicados ao próximo Oscar será divulgada em 17 de janeiro de 2025. A cerimônia de premiação acontece em 2 de março no Teatro Dolby, em Los Angeles, nos Estados Unidos.