Ondas de até quatro metros atingem as costas do Peru e do Equador, um evento que já provocou o fechamento da maior parte dos portos no país e a morte de uma pessoa na cidade equatoriana de Manta, de acordo com as autoridades.
“O Corpo de Bombeiros de Manta informou que, às 6h (horário local), foi encontrado sem vida o corpo de uma pessoa desaparecida no setor de Barbasquillo”, escreveu em sua conta no X a Secretaria Nacional de Gestão de Riscos, que também ordenou o fechamento preventivo das praias dessa cidade, no sudoeste do Equador.
Número de portos fechados devido a fortes ondas no litoral do Peru passa de 90 /Foto: Reprodução/X
O Instituto Oceanográfico e Antártico da Marinha do Equador (Inocar) informou, em comunicado, que as ondas alcançaram uma altura máxima de 2,1 metros nas províncias de Manabí, Guayas, Santa Elena e Galápagos.
“Recomenda-se tomar precauções ao realizar atividades no mar”, acrescentou a entidade, destacando que até o dia 29 de dezembro prevê-se um estado do mar “agitado”.
No Peru, 91 portos, de um total de 121, foram fechados até o dia 1º de janeiro de 2025, de acordo com o Centro de Operações de Emergência Nacional (Coen). O país também restringiu o acesso às praias recreativas devido às fortes ondas que atingem a costa norte e central do país, informaram as autoridades.
“O número de portos fechados em todo o litoral aumenta para 91 devido à continuidade da #OndulaçãoAnômala até 01/01/2025”, indicou o Coen em sua conta no X.
O Peru havia anunciado o fechamento de 30 portos na última sexta-feira.
No Callao, onde se localiza o principal porto do Peru, próximo a Lima, a prefeitura ordenou o fechamento do acesso às praias de Abtao, Santa Rosa, La Arenilla, Cantolao e todas as outras de uso recreativo. Também foi proibida a saída de embarcações turísticas e pesqueiras de qualquer praia ou porto do Callao.
— Essa ondulação é gerada a milhares de quilômetros do Peru, nos Estados Unidos, causada por um vento persistente sobre a superfície do oceano que se aproxima das nossas costas — explicou o capitão da Marinha, Enrique Varea, ao canal N.
As fortes ondas, de até quatro metros, também atingem enseadas e desembarcadouros do litoral nas regiões de Tumbes e Piura, que fazem fronteira com o Equador.
O fenômeno causou danos a dezenas de embarcações de pesca artesanal e comércios próximos ao mar, assim como a fuga de moradores ribeirinhos devido à inundação de calçadões e praças, segundo imagens divulgadas pela mídia local e nas redes sociais.
A Direção de Hidrografia e Navegação da Marinha de Guerra do Peru alertou sobre a presença de ondulações anômalas de intensidades que variam entre leve e forte ao longo do litoral peruano. De acordo com o aviso emitido na sexta-feira pela instituição, a ondulação continuará até 1º de janeiro, afetando gradualmente diferentes áreas do litoral norte, central e sul do país.