Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde mostra que o programa Farmácia Popular, criado no primeiro mandato do presidente Lula, há 20 anos, ainda não alcançou um número expressivo de cidades no Brasil.
No Acre, especificamente, 54,55% dos municípios não têm acesso ao programa, que visa complementar a disponibilização de medicamentos utilizados na Atenção Primária à Saúde por meio de parcerias com farmácias da rede privada. Dessa forma, além das Unidades Básicas de Saúde e das farmácias municipais, o cidadão pode obter medicamentos nas farmácias credenciadas ao Farmácia Popular.
O Farmácia Popular disponibiliza medicamentos gratuitos para diabetes, asma, hipertensão, osteoporose, anticoncepção e, a partir de 10 de julho de 2024, também para dislipidemia (colesterol alto), rinite, doença de Parkinson e glaucoma.
Os dados mostram que o programa contempla apenas 14% das 5.570 cidades do país.
Quando lançou o projeto, Lula tinha a intenção de contemplar 5.207 municípios, o que representaria uma cobertura de 93% do território nacional.
A região Norte concentra os maiores percentuais de cidades sem acesso ao programa. À frente do Acre estão o Amapá (81,25%), o Amazonas (62,90%) e Roraima (60%). Atualmente, o Brasil conta com 31.166 farmácias participantes.
O programa também oferece medicamentos de forma subsidiada para o tratamento de diabetes mellitus associada a doenças cardiovasculares, além de fraldas geriátricas para incontinência. Nesses casos, o Ministério da Saúde paga parte do valor dos produtos (até 90% do valor de referência tabelado) e o cidadão paga o restante, de acordo com o valor praticado pela farmácia. Ao todo, o Farmácia Popular contempla 12 indicações, incluindo absorventes higiênicos gratuitos para as beneficiárias do Programa Dignidade Menstrual.