As polêmicas envolvendo o secretário adjunto da Educação Municipal de Rio Branco (Seme), Paulo Machado, estão deixando insatisfeitos e incomodados até mesmo os vereadores da base de Bocalom.
Paulo tem sido acusado, a partir de diversas denúncias veiculadas na imprensa local, de perseguir servidores e provocar um clima de medo na Seme. A pasta está sendo representada por ele, já que o titular ainda não foi escolhido e Nabiha não voltou ao cargo.
Nesta quinta-feira (31), os vereadores Samir Bestene (PP) e Matheus Paiva (UB) foram até a secretaria para investigar a situação. Ambos declararam ao ContilNet que a situação atual é insustentável e precisa de uma atuação enérgica por parte do prefeito Tião Bocalom — que já declarou que não vai exonerar Paulo do cargo.
Samir disse que, ao visitar a Seme, teve uma “discussão acalorada” com o secretário adjunto.
“Fui lá para entender o que está acontecendo, porque a gente não pode simplesmente acusar nossos servidores e colocá-los em um grupo dos que não trabalham e estão denunciando o secretário adjunto por esse motivo, como está sendo ventilado por aí. Tivemos uma discussão acalorada porque não compartilhamos das mesmas ideias, mas essa situação precisa ser investigada e analisada com todo o cuidado, pois a Seme não pode se tornar um campo de guerra”, explicou o vereador.
Sobre Nabiha, que é sua tia, Samir disse que a Educação perde muito ao não colocá-la no cargo:
“É uma decisão da gestão não manter a professora Nabiha no cargo, mas sabemos do papel que ela teve nos últimos anos à frente da Educação Municipal e das conquistas que obtivemos. Perdemos muito com sua saída.”
Matheus Paiva contou que foi à Seme, mas não conseguiu conversar com o secretário. No entanto, afirmou que não concorda com qualquer tipo de desrespeito aos servidores. O vereador disse ainda que uma servidora efetiva, com mais de 20 anos de experiência, foi retirada da Seme sem motivos plausíveis.
“Fui até lá e não consegui conversar com o secretário, porque disseram que ele estava em outra agenda. Mas, quando soube da saída dessa servidora, que tanto trabalhou pelo avanço da Educação, fui até lá para saber o que estava ocorrendo, pois nosso papel é fiscalizar. Não podemos tolerar qualquer tipo de desrespeito com aqueles que fazem nossa Educação crescer”, concluiu.
O que diz Bocalom?
Sobre as acusações e polêmicas envolvendo Paulo, Bocalom disse, em entrevista ao ContilNet, que todas elas partem de um grupo ligado ao Partido dos Trabalhadores. Também afirmou, com todas as letras, que não quer Nabiha de volta.
“A turma que roubava era a turma antiga, do PT, e ainda tem uma parte desse grupo lá dentro. Esse movimento é muito ligado àqueles que querem que a Nabiha volte, mas eu não quero a Nabiha de volta”, declarou.
Secretário se posiciona
Após a onda de acusações, Paulo se manifestou publicamente nesta quinta-feira (31) e disse que os acusadores serão responsabilizados:
“Estamos tomando as medidas cabíveis para que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados. Porém, o estrago na imagem é de difícil reparação. O importante é que a gestão do prefeito, em todas as secretarias, tem sido realizada com dedicação e responsabilidade. Isso incomoda muita gente, pois nunca se viu tanto investimento com equidade e austeridade, com responsabilidade sobre o recurso público. Não há nenhuma notificação dos órgãos de fiscalização, o que comprova nosso compromisso com a boa gestão. Acima de tudo, está nossa reputação, construída ao longo de uma vida dedicada ao cuidado com as pessoas e sem mácula”.