Após realizar um ataque aéreo contra o Irã nesta quinta-feira (12), o Exército de Israel classificou a ação como uma medida de proteção nacional diante do que considera uma ameaça nuclear real e crescente. Em pronunciamento oficial, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), general Effie Defrin, afirmou que o Irã está no ponto mais avançado de seu programa para obter uma bomba atômica.
“O regime iraniano tem, há anos, declarado a intenção de destruir o Estado de Israel. Agora, nossa inteligência aponta que eles estão mais próximos do que nunca de concretizar esse objetivo por meio do desenvolvimento nuclear”, declarou Defrin.
Ataques foram concentrados na região de Teerã/ Foto: Reprodução
Segundo o militar, a ofensiva foi uma resposta direta à ameaça existencial representada pelo programa iraniano. “Não se trata apenas de uma escolha militar, mas de uma necessidade. Estamos defendendo o direito de existir, protegendo nosso povo e o futuro das próximas gerações”, acrescentou.
As FDI confirmaram que os bombardeios atingiram alvos relacionados a instalações nucleares em diferentes regiões do território iraniano. As autoridades de Israel descreveram a operação como “preventiva”, alegando que a intenção foi conter avanços do Irã que, segundo eles, colocam em risco não apenas Israel, mas a estabilidade global.
Na contramão da narrativa israelense, a mídia estatal iraniana noticiou apenas explosões registradas na capital Teerã, sem fornecer detalhes sobre danos, vítimas ou os locais exatos atingidos. O governo iraniano ainda não divulgou posicionamento oficial sobre o ataque.
O cenário amplia a já elevada tensão no Oriente Médio, onde conflitos e disputas por influência geopolítica têm se intensificado nos últimos meses. A comunidade internacional acompanha com preocupação o desenrolar dos acontecimentos, especialmente diante do risco de uma escalada militar entre os dois países.