O governador Gladson Cameli se manifestou, nesta quarta-feira (5), em função do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado neste dia 05 de junho, ao lembrar os avanços de seu Governo e do Estado em políticas ambientais e que vem conseguindo bons resultados. Cameli também garantiu que o trabalho junto às frentes ligadas à agenda relacionadas ao meio ambiente vai se fortificar ainda mais em 2024.
“No ano passado, com muito trabalho e união entre os órgãos, o nosso Estado foi apontado como o 3° no país que mais reduziu o desmatamento em 2023, com 69% de queda, segundo o MapBiomas. Tivemos ainda a redução de 45% nos focos de queimadas”, afirmou o governador acreano.
Em 2023 o Acre reduziu em 28% o desmatamento, menor taxa desde 2019, o que representa mais de 33 mil campos de futebol, e em 45% os focos de queimadas. A redução do desmatamento é reflexo da atuação conjunta dos órgãos de Comando e Controle Ambiental que reforçam a fiscalização com equipes em campo para evitar o desmatamento ilegal, queimadas, incêndios florestais e degradação florestal.
O Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) é outro aliado para os resultados positivos que o governo vem alcançando. Por meio do Cigma, dados são mapeados, áreas críticas identificadas e medidas eficazes para combater o desmatamento são tomadas.
Gladson Cameli também lembrou que o Dia Mundial do Meio Ambiente “é uma data para refletir sobre a importância dos recursos naturais, os impactos das ações humanas e da necessidade de adotar medidas conscientes sobre o modo de consumo da humanidade”. Segundo ele, o Acre é um estado privilegiado por sua vasta biodiversidade e tem sido protagonista na luta pela conservação ambiental, já que região abriga uma rica variedade de fauna e flora, com 84% do território coberto por florestas preservadas. “Este patrimônio natural é essencial para a população e também para o equilíbrio ecológico do planeta”, disse.
À frente da política estadual na área ambiental, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) tem uma ampla atuação e desenvolve ações voltadas para a educação ambiental, preservação, conservação, gestão de áreas protegidas, desenvolvimento da bioeconomia, biodiversidade e comando e controle. O Estado vem enfrentando eventos climáticos extremos com maior frequência, como as cheias de 2023 e 2024, e períodos de estiagem severa. “Esses eventos reforçam a urgência para a implementação de políticas eficazes de adaptação às mudanças climáticas, o que já vem sendo feito com muito rigor pelo governo do Acre”, lembrou Cameli.
O Acre foi o primeiro Estado brasileiro a ter acessos recursos do Fundo Amazônia aprovados, garantindo um investimento de R$ 98 milhões. Esse foi o maior recurso desde o retorno do Fundo cujo objetivo fortalecer as cadeias produtivas, a regularização ambiental e fundiária, e os órgãos de Comando e Controle Ambiental.
Outra ação relevante destacada pelo governador foi a atualização e aprovação do Plano de Prevenção, Controle do Desmatamento e Queimadas do Estado do Acre (PPCDQ-AC) para o quinquênio 2023-2027. O plano visa reduzir o desmatamento e a degradação da vegetação nativa, bem como controlar as queimadas e os incêndios florestais, garantindo, assim, a conservação da biodiversidade e a manutenção dos serviços ecossistêmicos, mantendo um meio ambiente saudável.
A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, explica que após a análise da dinâmica do desmatamento no Acre, o plano integra resultados e ações organizadas em quatro eixos temáticos. “O PPCDQ é um documento importante para que as políticas públicas ambientais sejam elencadas e é dividido em eixos que agrupam as atividades por afinidade temática, que são: ordenamento territorial e fundiário, incentivos econômicos aos Sistemas Produtivos Sustentáveis, comando e controle ambiental, e gestão e governança”, declarou.
Gladson Cameli fez questão de reafirmar que seu Governo está presente com atuação nos 22 municípios acreanos na área ambiental, por meio da Rede de Governança Ambiental. Trata-se de um espaço para a tomada de decisões conjuntas entre o governo com os municípios, que possibilita a união das secretarias municipais de meio ambiente com a estadual e avançar com a educação e regularização ambiental.
Pela Educação Ambiental da Sema em parceria com o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) há o Circuito Ambiental leva conhecimento e sensibilização para crianças, jovens e adultos. Em 2024, o circuito já esteve nos municípios de Porto Acre, Tarauacá, Brasileia e Epitaciolândia e seguirá para os outros municípios.
Além disso, por, por meio da Sema, o governo do Acre realiza ainda os mutirões de regularização ambiental, de forma contínua nos municípios acreanos, beneficiando os produtores rurais, dando orientação, realizando inscrição no Cadastro de Regularização Ambiental (CAR), informações sobre o Programa de Regularização Ambiental (PRA), Sistemas Agroflorestais (SAFs), entre outros serviços ofertados.
Gladson Cameli, acreano de Cruzeiro do Sul, na Vale do Juruá, onde está a maior biodiversidade de fauna e flora do planeta, lembra que o Acre é lar de uma variedade de animais e conta com cerca de 4,4 mil espécies de plantas, incluindo espécies raras e ameaçadas, como a castanheira e a seringueira. Além disso, o Acre tem uma paisagem variada que conta com espécies, mamíferos, e é lar para várias espécies de aves, incluindo as araras e tucanos.
O Acre possui um território com 16.422.136 hectares, dos quais 47,3% é composto por Unidades de Conservação (UCs) federais, estaduais e Municipais). Sob a gestão da Sema estão 9 unidades de Conservação, que são:
- Área de Proteção Ambiental (APA) Lago do Amapá, situada na capital acreana;
- Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Japiim Pentecoste e a Floresta Estadual do Antimary, ambas localizadas entre os municípios de Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul;
- Complexo de Florestas Estaduais do Rio Gregório, que abrange três unidades de Conservação de uso sustentável: Floresta Estadual do Rio Gregório, Floresta Estadual do Mogno e Floresta Estadual do Rio Liberdade, localizadas entre os municípios de Tarauacá e Cruzeiro do Sul;
- APA Igarapé São Francisco, localizada nos municípios de Rio Branco e Bujari;
- Parque Estadual Chandless, localizado entre os municípios de Manoel Urbano, Santa Rosa do Purus e Sena Madureira.
O govenador lembrou ainda a relação de seu governo com os povos ancestrais que vivem na região. “Eles são ancestrais, vivem da floresta e pela floresta, são indígenas, seringueiros, castanheiros, produtores rurais, extrativistas, ribeirinhos. Tem como modo de vida a conservação e a preservação da floresta”, lembrou o governador. “Eles são os maiores protetores e precisam da mata e dos rios para sobreviver, e sabem como utilizar os recursos naturais sem destruí-los”, acrescentou.