Conversas do PP, União e PL sobre Mesa Diretora da Câmara avançam, mas há um desafio a ser vencido

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O fechamento de questão envolvendo o Progressistas, União Brasil e Partido Liberal a respeito da composição da nova mesa diretora da Câmara de Vereadores de Rio Branco avançou. Membros dos três partidos, que compuseram a maior bancada do parlamento mirim da capital, continuam conversando — do andar mais baixo ao andar mais alto — a respeito do próximo ano legislativo.

Câmara Municipal de Rio Branco. Foto: ContilNet

A ideia de cardeais das três siglas é elaborar um documento com valor legal que garanta um consenso na nova composição. Para que o resultado fim seja, na prática, o mesmo que o que deve ser acordado na teoria, essas três forças terão um grande desafio pela frente: não personificar o debate. Naturalmente, alguns nomes das três siglas já se colocam à disputa. Problema é que isso prejudica, pois cria um desentendimento antes da criação de um entendimento.

Portanto, se a nova gestão municipal — acompanhada das grandes forças que agora orbitam em seu entorno — deseja criar uma composição inteligente, terão de colocar a emoção no bolso e começar a agir — e rápido — com a razão.

O DESAFIO É OUTRO — Respeito quem pensa diferente, mas a declaração do presidente nacional da União Brasil, Antônio de Rueda, não engrandece e nem diminui o senador Alan Rick em nada. Apenas diz mais do mesmo: que ele é o presidente do partido e, por isso, tem o direito de ser o candidato natural ao Governo do Estado. O senador seria engrandecido se tivesse feito prefeitos por todo o estado, e se estivesse nas principais campanhas vencedoras — como poderia ter estado, com mais presença de qualidade, na da capital.

É A PROVA — Alan é um político inteligente. Sabe que ninguém é candidato majoritário sozinho. Ainda que tenha muitos votos. O Chame-Chame é a mais recente prova disso.

CONQUISTAR — Então, se Alan Rick quer conquistar apoios para ser governador, não deve se preocupar com os votos que já tem, como o de Rueda, que todo mundo sabe que já morre de amores por ele. Precisa conquistar Gladson, Márcio, Mailza, Bocalom e por aí vai. Aliás, Gladson adora essa palavra: conquistar.

NINGUÉM — Por falar em Gladson, ele fez 14 prefeitos por todo o estado. Mais de 60 vereadores. Tem base de parceiros gigante na Aleac e Congresso. Teve, nesses tempos, um grande trabalho. Ninguém pode lhe tirar o direito de indicar seu sucessor — nem querer empurrar um goela abaixo.

INOPORTUNA — Extremamente inoportuna a fala do secretário Aberson Carvalho sobre o comando do PP na capital. Além de colocar Socorro numa rota de colisão com Gladson, ainda desmerece a voz de toda uma executiva. Se um partido é um ambiente orgânico, é claro que os membros têm o direito de, no mínimo, opinar sobre o futuro da legenda, oras!

FARINHA DO MESMO SACO — Esse negócio de o MDB colocar a culpa do seu insucesso no PT é das conversas mais descabidas da política atual. É o sujo falando do mal lavado. A farinha falando da farinha — ambas saindo do mesmo saco.

PAREM — Em Rio Branco, qual a dificuldade de visualizar a falta de traquejo do Marcus Alexandre para lidar com crises e da falta de adesão dos próprios aliados à campanha? Em Cruzeiro do Sul, qual a dificuldade em visualizar a falta de habilidade da campanha de Jessica Sales em continuar mostrando força do início ao fim — mesmo problema vivido por Leila em Brasiléia? Parem de contar histórias para boi dormir e assumam seus verdadeiros erros, senhores cabeças brancas!

NOME POSTO — Contrariando rumores de bastidor, o presidente do parlamento mirim rio-branquense Raimundo Neném garantiu a esta santa coluna que pode disputar mais um mandato à frente da Mesa Diretora: “Meu nome está posto! Pode registrar”.

NÃO É O CASO — É que existe uma regra regimental, no parlamento mirim da capital, que veta reeleição ao cargo dentro de uma mesma legislatura. O que, como todos sabemos, não é o caso.

DECÊNCIA E ORDEM — Aliás, continuando a falar em Mesa Diretora, não acredito que esse assunto cause qualquer tipo de problema entre o prefeito Bocalom e seu novo vice, Alysson Bestene, como sugerem conversas de bastidor. Se o assunto for conduzido com decência e ordem, sem emoções, todo mundo fica bem.

GRITA ONZE QUE PASSA — Enquanto isso, numa conversa informal pelas bandas de Senador Guiomard:

— Aqui em casa tá sem água.

— É só ir na mangueira e gritar ONZE que a água volta!

A algazarra foi geral. O “grita onze” virou novo “faz o L” dos moradores locais. Detalhe: a água nem é responsabilidade da pobre prefeita, que vê da varanda de sua casa o temporal da rejeição chegando.

BATE-REBATE

– Uma dúvida que pairou nesta santa coluna (…)

– (…) O presidente Rueda deu garantias que Alan seria candidato no União, mas não deu um pio sobre ser candidato da possível federação (…)

– (…) Com a federação caminhando para acontecer, como fica o Alan? (…)

– (…) Será que isso esteve na pauta da reunião com o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira?

– Tem material que força a barra. Dia desses, esta santa coluna recebeu um de uma prefeitura do interior da população que agradece ao prefeito por “água, luz e asfalto” (…)

– (…) É brincadeira! (…)

– (…) Faltou agradecer pelo dom da vida e pela chuva do dia passado.

– Nesta semana, a ministra Marina Silva depõe na Câmara sobre as queimadas (…)

– (…) Não haverá nada de novo (…)

– (…) Enquanto coisas sérias não forem tratadas como coisas sérias, esse tipo de assunto será uma eterna enxugação de gelo.

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