Uma das primeiras infectadas pelo coronavírus no Acre, a advogada Isabela Fernandes, de 36 anos, foi a entrevistada do ContilNet nesta quarta-feira (17) – data que marca um ano desde que a pandemia se instalou em todo o Estado.
A jurista também foi a primeira paciente a ocupar a UTI Covid, montada no Pronto-Socorro de Rio Branco para o atendimento de casos graves da doença.
Poucos tempo depois de deixar o hospital e ficar completamente curada do vírus, Isabela adquiriu uma sequela pulmonar, que lhe trouxe dificuldades para respirar. Atualmente, ela diz que já não sofre mais com o problema.
De lá pra cá, parece que a atividade física se tornou uma grande aliada para manter uma “saúde perfeita”, como disse ela.
“Minha saúde está perfeita. Tento manter uma rotina saudável com prática habitual de exercícios físicos todos os dias. Nos primeiros meses, a única sequela que eu tive foi a dificuldade respiratória, mas atualmente não tenho mais nenhuma comorbidade pós-covid”, explicou.
Isabela não chegou a ser reinfectada e disse que, mesmo a irmã e o cunhado tendo sido infectados por estarem na linha de frente do combate ao vírus, ninguém da sua família chegou ao estágio grave da doença e precisou de internação, como ela.
“Não fui reinfectada. Apenas minha irmã e cunhado que trabalham na linha de frente do enfrentamento foram infectados. Nenhum dos dois necessitou de internação. Ninguém da minha família teve covid na forma grave”, acrescentou.
Aprendizados
Durante a entrevista, Fernandes disse que o aprendizado com a doença nunca foi esquecido.
“Dia 16 de março completei um ano da minha infecção e o aprendizado com a doença não foi esquecido. A nossa fragilidade diante de um vírus mortal permanece cada vez mais evidente. Mas infelizmente percebemos que as pessoas não entenderam a importância do cuidado individual e da responsabilidade que cada um possui no combate à pandemia”, salientou.
A advogada destacou o aumento no número de casos e mortes pela doença entre jovens – o que considera muito preocupante.
“Nos últimos tempos temos percebido o aumento do número de jovens infectados e mortos, e na sua maioria por ausência absoluta de cuidados de isolamento. A sociedade precisa se conscientizar acerca do tempo que estamos vivendo. Enquanto nós não assumirmos a nossa responsabilidade de enfrentamento à contaminação do covid, a pandemia não será controlada”, continuou.
Quando questionada sobre o que tem sido sua esperança nos dias atuais, Isabela respondeu:
“Nos adaptamos ao chamado novo normal. Somos privilegiados por estarmos vivos e saudáveis. A grande esperança que nos sustenta é contar com os cuidados de Deus, nossa fé e esperança. Por Ele tem sido meu sustento”.