Reconstituição da morte do menino Ray, baleado na Zona Norte do Rio, tem morto e ferido

A Polícia Civil fez na manhã desta terça-feira (22) a reconstituição da morte do menino Ray Pinto Farias, de 14 anos. O trabalho dos investigadores terminou com uma pessoa morta e outra ferida, segundo a polícia.

Ray Pinto Farias foi morto em fevereiro deste ano durante uma operação policial no Campinho, Zona Norte do Rio. A reconstituição aconteceu quatro meses após a morte do menino.

O procurador da Comissão de Direito Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Rodrigo Mondego, acompanhou a reconstituição e disse que há versões diferentes sobre o episódio.

“A informação que a gente teve é que apenas um policial militar participou da reconstituição, sendo que no dia tinham mais policiais participando. A informação é que estavam de férias, alguma coisa nesse sentido”, afirmou Mondego.

“[Segundo a PM] Houve troca de tiros e depois encontraram o Ray baleado no chão. O Ray seria um desses opositores que teria trocado tiro com os policiais. A versão das testemunhas é que não sabiam qual era o paradeiro do Ray. Procuraram na delegacia local, nos hospitais mais pertos e acharam no Salgado Filho. Há uma testemunha que viu o Ray vivo em domínio dos policiais no local”, completou o procurador da OAB.

Ray Pinto Farias estava sentado na porta de casa, jogando no celular, quando foi abordado e levado por policiais militares que faziam uma operação na região, segundo a família.

Os parentes foram encontra-lo sem vida no Hospital Municipal Salgado Filho com um tiro no abdômen e um tiro na perna.

A PM disse, na época da operação, que três pessoas foram levadas para o hospital. A direção da unidade informou, por sua vez, que os feridos já chegaram sem vida.

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