Após carta da direção do PSDB, o governador de São Paulo, João Doria, voltou atrás e manteve a ideia original de renunciar ao cargo para ser candidato à Presidência da República este ano. O anúncio oficial será feito às 16h.
Nos bastidores, interlocutores e aliados de Doria admitem que o governador sinalizou possível desistência da disputa com o objetivo de ter um gesto público do PSDB garantindo sua candidatura ao Palácio do Planalto.
Como a coluna noticiou mais cedo, lideranças tucanas já viam a sinalização de Doria como uma “jogada”. A avaliação era que o movimento do governador visava apenas obter as garantias do PSDB.
A garantia veio no início da tarde, por meio de carta enviada pelo presidente nacional do partido, Bruno Araújo, a lideranças tucanas. No documento, o dirigente reafirmou que Doria era o candidato da sigla à Presidência.
“As prévias serão respeitadas pelo partido. O governador tem a legenda para disputar a Presidência da República. E não há nem haverá qualquer contestação à legitimidade da sua candidatura pelo partido”, escreveu Araújo.
Com desempenho pífio nas pesquisas de intenção de voto ao Planalto, Doria sofre pressão de lideranças tucanas para desistir da candidatura ao Planalto.
Uma ala da legenda prefere o nome do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que havia perdido as prévias do PSDB no fim de novembro de 2021.