A sessão da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) desta quarta-feira (14), foi palco de uma discussão entre os deputados Pedro Longo (PDT) e Fagner Calegário (Podemos).
Os dois se desentenderam durante a votação do requerimento de Calegário, protocolado na última terça-feira (13), que solicitava a presença do presidente do Deracre, Sócrates Guimarães, para explicar sobre a contratação, com dispensa de licitação, de uma empresa terceirizada, investigada pela Polícia Federal, para prestar serviços no órgão, no valor de R$ 21 milhões.
Na votação, Pedro Longo que presidia a sessão, concedeu um tempo para que Calegário explicasse o teor do pedido. Após a declaração do parlamentar, a líder do governo, deputada Michelle Melo, disse que o parecer era para barrar o requerimento protocolado, já que o governo teve acesso ao relatório da PF, sobre os impedimentos em relação à empresa investigada. A líder declarou que a convocação de Sócrates não era necessária e iria encaminhar o documento para que Calegário estudasse o caso.
“Temos todos os dados. A empresa tem um sanção que se aplica apenas no âmbito do Tribunal de Justiça do Acre. Ela não tem nenhuma sanção em relação à contratação com o governo”, defendeu Michelle.
Ao tentar rebater as declarações de Michelle, Calegário teve a fala impedida, já que anteriormente, já havia feito uso da palavra para esclarecer o texto do projeto, como manda o Regimento Interno da Casa.
Com a fala negada, Calegário se exaltou e, as gritos, exigiu que Longo concedesse o direito de resposta.
“Vossa excelência deve respeitar o regimento. O senhor não vai ganhar nada aqui no grito. Deputado só pode discutir uma vez”, rebateu Pedro.
Ao final, o requerimento de Calegário foi negado por 14 votos. Quando os nervos se acalmaram? Longo aproveitou para pedir desculpas após “falta de comunicação”, e citou o artigo do Regimento Interno que proibiu a fala de Calegário. “Aproveito para esclarecer à vossa excelência que foi o artigo 196, que prevê que os deputados só poderão falar por uma vez na discussão de qualquer projeto”.
Calegário encerrou a discussão dizendo que a base do governo não agiu com “boa fé” ao derrubar o requerimento que convocava o presidente do Deracre.
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